A União Europeia anunciou também nesta terça-feira planos para impor sanções à Rússia. Após uma reunião de ministros das Relações Exteriores em Paris, o chefe de política externa do bloco, Josep Borrell, delineou um plano que tem como alvo pessoas e entidades ligadas ao último movimento russo.
Eles incluem 351 membros da Duma que votaram pelo reconhecimento, bem como “27 indivíduos e entidades que estão desempenhando um papel em minar ou ameaçar a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia”, disse Borrell.
Entre eles estão os tomadores de decisão, entidades de apoio financeiro ou material e bancos. Borrell também disse que a UE “terá como alvo a capacidade do estado e do governo russos de acessar nossos mercados e serviços de capital e financeiros”.
Também mais cedo, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou aos representantes o que chamou de “primeira onda” de sanções contra cinco bancos russos (Rossiya, IS Bank, General Bank, promsvyazbank and the Black Sea Bank) e três “indivíduos de alta renda”: Gennady Timchenko, Boris Rotenberg e Igor Rotenberg.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, todos os ativos dos que receberam as sanções no Reino Unido ficarão congelados e os três indivíduos estão proibidos de entrar no país ou de manter negócios com empresas ou prestadoras de serviço britânicas.
O anúncio das sanções não pareceu, inicialmente, mudar os planos russos. Mesmo após os anúncios de Alemanha e Reino Unido, o Conselho Superior da Rússia — órgão do legislativo equivalente ao Senado — autorizou o envio de soldados russos para a República Popular de Donetsk (RPD) e para a República Popular de Luhansk (RPL).
Em declarações televisionadas, Putin afirmou que uma eventual entrada das tropas no território ucraniano dependeria “da situação no terreno”.
Fonte: Terra