Ucrânia resiste, mas forças russas avançam em direção a Kiev
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse em tom desafiador neste sábado, 26, que Kiev continua sob o controle do país. Novo ataque conduzido pelas forças russas atingiram a capital e outras cidades com artilharia e mísseis.
Uma autoridade militar dos Estados Unidos disse que as forças ucranianas estavam oferecendo uma “resistência muito determinada” ao avanço da Rússia em três frentes, que levou centenas de milhares de ucranianos a fugirem em direção a oeste, entupindo as principais estradas e ferrovias que conectando o país a outras nações do leste europeu.
“Nós resistimos aos ataques inimigos e os estamos repelindo com sucesso”, disse Zelenskiy, em uma mensagem por vídeo das ruas de Kiev publicada em suas redes sociais.
A retórica mais forte da Rússia veio no momento em que o Kremlin disse que suas tropas retomaram avanços sobre a Ucrânia, após Putin ordenar uma pausa na sexta-feira, 25, para negociações de paz que nunca aconteceram.
Um conselheiro de Zelenskiy negou que Kiev tenha se recusado a negociar, mas disse que a Rússia havia atrelado às discussões condições inaceitáveis. Ele também disse que não é verdade que a Rússia parou o movimento de suas tropas.
Ataque contra a Ucrânia
O presidente russo, Vladimir Putin, lançou o que ele chamou de operação militar especial antes do alvorecer na quinta-feira, 24, ignorando os alertas do Ocidente e dizendo que “neo-nazistas” governando a Ucrânia ameaçavam a segurança da Rússia. Autoridade de segurança russa de primeiro escalão e ex-presidente, Dmitry Medvedev disse que operações militares seriam conduzidas incessantemente até os objetivos do governo serem alcançados.
O ataque da Rússia à Ucrânia é o maior contra um Estado europeu desde a Segunda Guerra Mundial e ameaça colocar de cabeça para baixo a ordem do continente pós-Guerra Fria. Medvedev disse que novas sanções contra a Rússia eram um sinal da impotência do Ocidente no conflito e indicou um rompimento de laços diplomáticos, dizendo que era hora de “fechar as embaixadas com cadeado”.
Os EUA observaram mais de 250 lançamentos de mísseis russos, a maioria de curto alcance, contra alvos ucranianos, disse a autoridade militar dos EUA.
“Sabemos que (as forças russas) não fizeram o progresso que queriam, especialmente no norte. Elas estão sendo frustradas pelo que viram ser uma resistência muito determinada”, disse a fonte militar, sem oferecer evidências.
Moscou diz que está tomando cuidado para não atingir alvos civis.