O Dia da Revolução Constitucionalista é comemorado anualmente em 9 de julho e considerado feriado estadual em São Paulo

O feriado de 9 de julho não entrou na lista dos feriados que foram antecipados para formar uma folga grande em 2021 e, assim tentar reduzir a circulação na rua para conter a Covid-19. Por isso, 9 de julho de 2022 é feriado em todo o estado de São Paulo. Mas, como cai em um sábado, os serviços que costumam funcionar apenas durante a semana, estarão encerrados. É o caso dos bancos.

Também conhecido por Dia da Revolução e do Soldado Constitucionalista, esta data é uma homenagem ao movimento contra ditadura de Getúlio Vargas, realizado em 1932 pelos paulistas.

Vargas toma o poder com a Revolução de 1930, apoiado pelos paulistas, e outros estados. No entanto, o tempo passava e o novo dirigente não convocava eleições para a nova Assembleia Constituinte. Sentindo-se traídos, representantes do Exército, estacionados em São Paulo, e políticos paulistas, resolveram se rebelar.

Veja abaixo exemplos de cartazes utilizados para convocar os jovens a lutarem.

A Revolução Constitucionalista, episódio que também foi chamado de “Guerra Paulista”, foi o mais importante movimento ocorrido em São Paulo e o último grande combate armado do Brasil.

Origem do Dia da Revolução Constitucionalista

Em 1997, o governador do estado de São Paulo, Mário Covas, oficializou o dia 9 de julho como feriado civil na região, uma homenagem ao soldado constitucionalista que lutou pela queda da ditadura de Vargas.

O Dia da Revolução e do Soldado Constitucionalista foi transformado em feriado civil, data magna do estado de São Paulo, através da Lei nº 9.497, de 5 de março de 1997, a partir de um projeto de lei apresentado pelo deputado Guilherme Gianetti.

História da Revolução de 32

Com a tomada de governo, Getúlio Vargas governava sem a Câmara de Deputados ou outro órgão de origem democrática. Isso preocupava seus aliados que exigiam a convocação de eleições para presidente e para deputados.

O grande estopim que inflamou o sentimento de revolta da população de São Paulo foi o assassinato de quatro estudantes paulistas por policiais, em um conflito no dia 23 de maio, data que também entrou para a história do estado.

As iniciais dos nomes dos jovens – M.M.D.C. – Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo – tornaram-se o símbolo da revolução e batizou o movimento.

A exigência por uma nova Constituição era prioridade para a sociedade burguesa de São Paulo, que iniciou a revolução oficialmente no dia 9 de julho de 1932, combatendo contra o governo nacional durante três meses. O combate chegou ao fim em 2 de outubro de 1932, com a rendição dos paulistas.

Também em homenagem aos jovens estudantes que foram assassinados em defesa do movimento constitucionalista, o dia 23 de maio é reconhecido como o Dia da Juventude Constitucionalista.

Na capital paulista, o obelisco do Ibirapuera é um marco construído para simbolizar a dor da perda da vida dos estudantes.

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