Bonner marca entrevista que Lula e Bolsonaro tanto pediram. Eles vão?
A equipe do ‘Jornal Nacional’ realizou o sorteio da ordem de entrevistas da tradicional sabatina com os presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos.
Ficou assim: Jair Bolsonaro (segunda, dia 22), André Janones (terça, 23), Ciro Gomes (quarta, 24), Lula (quinta, 25) e Simone Tebet (sexta, 26). Os convidados têm até quinta-feira (4) para confirmar a presença.
Lula e Bolsonaro pedem um tempo ao vivo no ‘JN’ há anos. O petista lançou o desafio quando ainda estava preso na sede da Polícia Federal em Curitiba. O atual presidente se ofereceu ao telejornal pelo menos três vezes em suas lives semanais.
Ambos se dizem perseguidos e difamados pelo jornalismo da Globo e demonstram indisfarçáveis ira e rancor contra o âncora e editor-chefe do ‘Jornal Nacional’, William Bonner.
Bolsonaro já o xingou de “sem vergonha” e “maior canalha”. Lula exigiu que o jornalista faça um pedido de desculpas a ele diante das câmeras do telejornal. O apresentador sempre ignorou as provocações.
Apesar de agora os dois candidatos receberem a tão reivindicada oportunidade de confrontá-lo, ainda há dúvida se vão comparecer ao encontro nos estúdios da Globo no Rio.
Na emissora, o clima é de expectativa e apreensão. Existe o temor de que a temperatura suba além do tolerável caso Lula e Bolsonaro decidam ‘se vingar’ de Bonner ao longo dos 40 minutos da entrevista ao vivo com cada presidenciável.
Em 2018, o então candidato do PSL causou desconforto ao citar questões pessoais do jornalista, como sua vida conjugal, e questionar a âncora Renata Vasconcellos por ter um salário menor que o do colega de bancada.
Bolsonaro também irritou Bonner ao destacar que o fundador da Globo, Roberto Marinho (1904-2003) foi um notório apoiador do regime militar. O ex-capitão do Exército usa frequentemente essa informação para rebater o questionamento sobre seu compromisso com a democracia.
A sabatina com o líder de direita rendeu média de audiência de 31,4 pontos, excelente índice que hoje corresponderia a 6,4 milhões de telespectadores assistindo somente na Grande São Paulo, principal área de aferição de público da empresa Kantar Ibope e epicentro do maior colégio eleitoral do País.
Lula não participou porque estava preso; Fernando Haddad ainda não havia sido oficializado como seu substituto na chapa.
As entrevistas com os presidenciáveis no ‘JN’ acontecerão na semana em que terá início a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV relativa ao primeiro turno. Os programas serão exibidos a partir de 26 de agosto e irão até 29 de setembro, três dias antes da ida dos brasileiros às urnas.
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