Wagner vai comandar negociações de cargos no governo de Jerônimo com partidos da base
Caberá ao senador petista Jaques Wagner liderar as negociações com partidos da base aliada sobre a partilha de cargos no secretariado no segundo escalão do futuro governo de Jerônimo Rodrigues (PT). Até o momento, as conversas com os caciques de legendas que compõem o arco governista ainda não começaram e devem entrar na pauta semana que vem.
Segundo apurou a Satélite, a cúpula do Palácio de Ondina espera Wagner retornar da viagem ao Egito, onde acompanhou o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na COP-27, para definir o calendário de encontros voltados à divisão do bolo destinado às siglas da base. A previsão é de que o senador desembarque amanhã na Bahia, mas só inicie as discussões a partir da próxima segunda.
Duplo fator
Embora Jerônimo seja mais próximo a Rui Costa, Wagner vai comandar as conversas por duas razões. Uma é o traquejo político bem maior que o do atual governador. A outra é que qualquer participação ativa de Rui seria vista como ingerência sobre a gestão do sucessor.
Pessoal e transferível
Auxiliares que integram o núcleo de confiança do governador eleito garantem que as secretarias consideradas estratégicas não entrarão no pacote de negociações com partidos. Na lista, estão Casa Civil, Relações Institucionais, Chefia de Gabinete, Comunicação Social, Educação, Saúde e Segurança Pública, pastas que serão ocupadas por nomes da cota pessoal de Jerônimo. Para Fazenda, Planejamento, Administração e Procuradoria-Geral do Estado, a tendência é buscar quadros com perfil mais técnico que político. O restante, incluindo estatais e órgãos cobiçados como Conder, Detran, Embasa, Cerb e Bahiagás, deve ser fatiado entre legendas aliadas.
Ajuste de pontaria
Nos últimos dias, Jerônimo Rodrigues foi aconselhado por líderes do PT e nomes do seu círculo mais intimo a resistir à pressão dos governistas por posições de destaque no alto escalão e escolher gente com expertise reconhecida para dirigir áreas sensíveis. O alerta tem como origem a ausência de tino do petista para a gestão, alvo de críticas da oposição durante a disputa pelo governo do estado. Escolhas erradas, pontuaram, podem custar caro a ele e ao partido nos planos para o futuro próximo.
Aquele abraço!
Parlamentares da União Brasil apostam alto nos laços entre o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e o ex-prefeito de Salvador ACM Neto como fator de equilíbrio para o duelo político na Bahia. Empoderado por Lula para atuar com carta branca, Alckmin sempre teve em Neto um aliado fiel no estado e construiu pontes sólidas com ele. Na sucessão presidencial de 2018, o então prefeito foi um dos poucos a se manter ao lado de Alckmin até o fim do primeiro turno, em meio à debandada geral de apoio.
Em banho-maria
Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Adolfo Menezes (PSD) colocou a corrida pela vaga da Casa no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) em stand by e cogita tratar do tema somente a partir de fevereiro de 2023.
“COMEMORAR A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA É CELEBRAR A DEMOCRACIA E A LIBERDADE, DOIS VALORES INDISPENSÁVEIS À CONSTRUÇÃO DO BRASIL QUE DESEJAMOS. QUE TENHAMOS, CADA DIA MAIS, UM PAÍS MENOS DESIGUAL E MAIS DEMOCRÁTICO”
ACM NETO, AO CELEBRAR, PELO TWITTER, O 15 DE NOVEMBRO
(Correio)