Avivamento em Asbury: culto em universidade dos EUA segue ininterrupto há 9 dias e divide opiniões
Cerca de 5 mil pessoas estão reunidas há mais de 200 horas em um culto religioso na Universidade de Asbury, nos Estados Unidos. O munípio do estado do Kentucky tem sido palco para fiés testemunharem o que tem sido chamado de “revival”, ou avivamento na tradução que se refere a um despertar religioso.
O evento tem sido transmitido por diversos participantes por meio de lives, com movimentos registrados no auditório Hughes (local das orações na Universidade). As informações são da coluna de Matheus Pichonelli, do Uol.
Por conta da presença massiva de fiés, a Universidade teve de instalar telões do lado de fora do auditório.
O evento desse ano, que o décimo avivamento da história do local, está sendo realizado em um momento em que a Organização Mundial da Saúde afirma estar próxima de anunciar o fim da pandemia.
Em um dos jornais locais, o “The Ausbury Collegian”, há relatos de pessoas de abraçando e se emocionando durante o primeiro dia de evento. Já outro grupo se reuniu em volta de um piano para cantar músicas de louvor.
A publicação ainda traz o relato de uma jornalista, que se disse tocada pelas orações e pregações que presenciou no momento da cobertura.
“Tudo o que importava era o nosso Criador. A transferência do meu foco me levou a refletir sobre como somos infinitamente pequenos. As situações que arrebatavam minha mente eram meras manchas no horizonte comparadas à eternidade”, dizia o texto.
EVENTO É UM AVIVAMENTO?
Apesar das horas de louvor, segundo o jornalista e teólogo Ranieri Costa, mestre em linguagem de mídia da PUC de Campinas, o avivamento é caracterizado por 3 marcas principais: arrependimento, presença de Deus e derramamento do Espírito Santo.
“A presença de Deus está no âmbito da fé de cada um. Mas arrependimento gera uma prática. Você se arrepende de um pecado ou de algo que disse para alguém. E conserta com aquela pessoa”, diz.
Mas para confirmar se houve avivamento, segundo Costa, será preciso analisar bem os fatos ainda e espera que as pessoas retornem a suas casas.
“Tem uma prática que vai além do templo, com o trabalho que aquelas pessoas vão passar a desenvolver lutando por justiça social. Todos os avivamentos têm marcas muito interessantes de ações práticas, que geram um compromisso com a causa dos mais vulneráveis. Ainda é cedo pra dizer que o que acontece em Asbury é um avivamento”, explica. (Diário do Nordeste)