Dilma mantém ida à China para assumir banco, mas adia solenidade de posse
A nova presidente do banco dos Brics, Dilma Rousseff, deve manter a viagem à China nesta semana mesmo com o cancelamento da visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com a equipe da ex-presidente da República, ela deve embarcar na segunda-feira (27) e chegar no dia seguinte no país asiático.
Apesar disso, Dilma deve adiar sua solenidade de posse no comando do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, nas siglas em inglês) para a nova data da passagem de Lula para a China.
O atual presidente da República tinha programado partir para Pequim neste sábado (25) para uma visita oficial que incluiria um encontro com o dirigente chinês, Xi Jinping, e reuniões empresariais. No entanto, ele foi diagnosticado com um quadro de broncopneumonia bacteriana e viral por influenza A. Num primeiro momento, o embarque foi adiado para o domingo (26), mas o Planalto confirmou neste sábado o cancelamento da viagem.
A ida de Lula à China deve ser remarcada, mas ainda não há data programada. Conforme mostrou a coluna Painel, a agenda deve ocorrer a partir de maio.
Na programação original, Lula iria no dia 30 de março a Xangai, cidade onde fica a sede do NDB. Na ocasião, Lula participaria da cerimônia de posse de Dilma no comando da instituição.
Mesmo com o adiamento do ato simbólico, o mandato de Dilma como presidente do NDB começou em 24 de março, quando ela foi eleita para o posto pelos sócios do banco. Ela substituiu Marcos Troyjo, que havia sido indicado pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes, ainda no governo Jair Bolsonaro (PL).
O cancelamento da visita de Lula à China deve ter reflexos sobre os eventos empresariais organizados no contexto da visita oficial –embora o alcance desse impacto ainda seja incerto.
Parte dos empresários que acompanhariam a delegação oficial já se encontram ou estão em deslocamento para a China.
A Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), por exemplo, organizou para o dia 29 o Fórum Econômico Brasil-China. O presidente da agência, Jorge Viana, está em deslocamento para a China. Interlocutores dizem que a agenda está mantida, mas que a ausência de Lula e do ministro Fernando Haddad (Fazenda) pode ter algum impacto sobre o número de participantes nesse evento.
Fonte: BN