Pagamento do Bolsa Família será testado com moeda digital do BC

Entre abril e maio, a Caixa vai começar a testar o pagamento do Bolsa Família por meio do Drex, o real digital que está sendo desenvolvido e testado pelo Banco Central, e que faz parte da família do Pix.

O superintendente nacional da Caixa Econômica Federal, Rafael Dias Silva, disse nesta segunda-feira (26) que o banco vai começar a fazer os testes com a moeda digital.

A ideia é permitir que a população que habita as regiões mais remotas do Brasil possa receber o benefício de forma offline. Isso permitirá que pessoas que moram em locais de difícil acesso à internet e às agências bancárias não precisem se deslocar de cidade para conseguir sacar o dinheiro.

Segundo Dias, essa solução ajudará, inclusive, a movimentar as economias locais, beneficiando os pequenos empresários e comerciantes.

“A Caixa atinge 99% da população brasileira, dos municípios, e entre elas as comunidades ribeirinhas. Só que muitas vezes o ribeirinho tem que se deslocar para uma cidade maior, sacar esse dinheiro e às vezes ele faz as compras em uma cidade grande e traz essas compras para a cidade dele”, disse Dias durante evento sobre o Drex, organizado por Microsoft e Hamsa, em São Paulo.

Entenda – O Drex está em fase de testes e promete democratizar o acesso aos serviços financeiros, baixando o custo de produtos, como empréstimos e seguros. A nova moeda digital brasileira também vai facilitar o ingresso no ambiente dos investimentos, aumentando, assim, a bancarização no Brasil.

O real digital não é uma criptomoeda, mas uma representação do real na plataforma digital, podendo ser usado para pagamentos, para a compra e venda de um carro ou um imóvel sem intermediários, por isso com menos custos e mais confiança, para a tomada de empréstimos, além da criação de novas soluções, como essa estudada pela Caixa.

“Quando a gente pensa Drex e uma forma que a gente consiga ‘tokenizar’, por exemplo, garantias, a gente pode trazer oportunidades para pequenos empresários, pequenas empresas terem mais liquidez, mais empréstimos e financiamentos”, disse Rafael Dias. (Bahia.ba)

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