Nesta sexta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o acordo finalizado entre o Mercosul e a União Europeia, destacando que o Brasil conseguiu proteger seus interesses nas negociações, especialmente no que diz respeito a compras governamentais.

Para Lula, as condições negociadas em 2019 eram “inaceitáveis”.

“O acordo que finalizamos hoje é bem diferente daquele anunciado em 2019. As condições que herdamos eram inaceitáveis. Foi preciso incorporar, ao acordo, temas de relevância para o Mercosul. Conseguimos preservar nossos interesses em compras governamentais, o que permite implementar políticas públicas em áreas como saúde, agricultura familiar, ciência e tecnologia”, afirmou o presidente durante a cúpula do Mercosul no Uruguai.

O texto do acordo foi classificado por Lula como “moderno e equilibrado” e, segundo ele, reconhece as credenciais ambientais do Mercosul, além de reforçar compromissos como o Acordo de Paris.

O principal objetivo do tratado é fortalecer as relações comerciais entre os dois blocos, eliminando tarifas de importação em mais de 90% dos bens negociados. No entanto, o processo enfrentou resistência de países europeus, como a França, que manifestaram preocupações quanto aos impactos na produção agrícola.

Com o acordo, o governo brasileiro busca não apenas ampliar o comércio, mas também equilibrar as desvantagens impostas em negociações anteriores, promovendo maior competitividade para os produtos do Mercosul no mercado europeu.