A implantação de câmeras corporais nas tropas da Polícia Militar da Bahia resultou em uma redução de 8,5% nas mortes por intervenção policial em 2024, comparado ao ano anterior. Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública apontam 1.557 mortes em ações policiais no estado, ante 1.702 em 2023.

Apesar da queda, a Bahia ainda lidera o ranking nacional de letalidade policial, superando São Paulo, com 749 mortes, e Rio de Janeiro e Pará na sequência.

A adoção das câmeras começou em maio de 2024, após um processo de licitação iniciado pelo ex-governador Rui Costa (PT) e concluído pelo atual governador Jerônimo Rodrigues (PT). Ao todo, foram adquiridos 1.100 dispositivos pelo governo estadual, com 200 adicionais doados pelo governo federal.

As câmeras estão em uso em dez unidades operacionais na região metropolitana de Salvador, cobrindo uma parte limitada da tropa, que conta com cerca de 33 mil policiais.

Mesmo com a abrangência restrita, cinco das dez unidades onde as câmeras foram implementadas registraram queda na letalidade policial. O secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, atribui essa redução ao uso de tecnologia, capacitação das tropas e integração com outras forças de segurança.

“Cada vez mais, direcionamos o policiamento pela inteligência para prevenir ações criminosas, alcançar lideranças de facções e reduzir a possibilidade de confrontos,” afirmou Werner.

Além das câmeras corporais, o estado também tem investido em dispositivos de reconhecimento facial, que resultaram em 1.100 prisões em 2024 e 185 detenções apenas em janeiro deste ano.

Fonte: Voz da Bahia