Após quatro horas de tensão e fogo nas celas da cadeia pública da 23ª Coorpin, em Eunápolis, o Governo do Estado, através da secretaria Estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) e ofício encaminhado pelo juiz da Vara de Execuções Penais da comarca, determinou a transferência de 30 presos do sexo masculino para o conjunto penitenciário de Eunápolis. Agentes penitenciários e a PM fizeram a escolta de um ônibus, cedido pela empresa Expresso Brasileiro, para realizar o traslado.

Ainda nesta sexta-feira à noite 11 presas foram transferidas para o conjunto penitenciário de Teixeira de Freitas, já que o presídio de Eunápolis não dispõe de ala feminina. O coordenador regional de Polícia Civil, Evy Paternostro, ainda negocia com o secretário Nestor Duarte, titular da SEAP, que administra os presídios baianos, a transferência de mais 16 presos. A decisão deve sair na próxima segunda-feira, 25. Dois adolescentes também serão liberados com alvará de soltura. Por medida de segurança a transferência foi escalonada.

No início da tarde desta sexta-feira, 59 presos provisórios atearam fogo aos colchões dentro das celas. Era um protesto contra o confinando a que estavam impostos desde o dia 18 de fevereiro, quando agentes da Polícia Civil entregaram as chaves da carceragem ao coordenador regional da 23ª Coorpin, Evy Paternostro.

Os presos estavam apenas recebendo alimentação e água, sem direito nem à visita de advogados, por falta de pessoal para a segurança. A transferência, contudo, não resolve o impasse sobre a custódia. O coordenador regional disse “que a partir do dia 25 os que porventura forem presos serão instalados nas celas onde hoje se encontram as mulheres na cadeia pública da comarca”. Sulbahai News.

 

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