Projeto de Reforma Política Prevê Coincidência das Eleições Municipais e Federais

O presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) escreveu em seu Twitter que “coincidência de eleições municipais e federais no mesmo ano foi o ponto de maior consenso entre os líderes partidários”, referindo-se ao projeto de reforma política. Muitos não concordam com um mandato de seis anos – e não quatro – aos prefeitos que vierem a ser eleitos em 2016. Mas esse seria o único jeito para que todas as eleições passem a coincidir a partir de 2022 sem que haja prorrogações de mandato sem consulta ao eleitor. De acordo com o colunista José Roberto de Toledo, do Estadão, não importa que os custos sejam dobrados, ou que o segundo turno de uma eleição coincida com o primeiro turno da seguinte.

Com quatro meses perdidos entre propaganda eleitoral, duas eleições e dois segundos turnos, daria para emendar todo o processo eleitoral com Natal, Copa do Mundo, Semana Santa, Carnaval e decretar um ano facultativo. Chamada de “financiamento público exclusivo”, a proposta petista que deve ir à votação prevê que todas as campanhas eleitorais sejam bancadas por um fundo único. Esse fundo receberia dinheiro do Tesouro Nacional e – a despeito do nome – de empresas e pessoas. O dinheiro seria dividido entre os partidos na proporção dos votos recebidos na eleição anterior. Comenta o colunista que, os partidos que têm as maiores bancadas parlamentares teriam também os maiores repartes financeiros, perpetuando-se no poder. Por mero acaso, o PT tem o maior número de deputados federais. Com as novas prefeituras ganhas em 2012, mais petistas devem eleger-se para a Câmara e Assembleias em 2014, o pleito que serviria de referência para o novo sistema. Se sobrar tempo, os deputados devem votar o fim das coligações nas eleições de deputados e vereadores. Sem esse artifício, partidos pequenos e partidos fisiológicos perderiam sua carona para o poder.(Estadão)

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