Dois prefeitos baianos são considerados foragidos pela PF por corrupção
Os prefeitos baianos de Fátima, José Idelfonso Borges dos Santos, e de Sítio do Quinto, Cleigivaldo Carvalho Santa Rosa, ambos do PDT, são considerados foragidos pela Polícia Federal que realizou na manhã desta terça-feira (13) a Operação 13 de Maio, que investigou desvio de recursos públicos e corrupção praticados em prefeituras de 20 municípios baianos. Seis ex-prefeitos estão entre os suspeitos e tiveram prisão determinada pela justiça. Segundo a PF, pelo menos R$ 30 milhões foram desviados nos municípios investigados. Cerca de 400 agentes federais, 45 servidores da CGU e 45 da Receita Federal, cumpriram 18 mandados de prisão temporária e 83 mandados de busca e apreensão, decretados pela Justiça Federal. Sete pessoas foram afastadas de suas atividades e cargos públicos. Além dos prefeitos, quatro vereadores, cinco secretários municipais e nove funcionários públicos também tiveram a prisão decretada. Os desvios foram identificados nas cidades de Fátima, Heliópolis, Ipecaetá, Aramari, Banzaê, Ribeira do Pombal, Sítio do Quinto, Água Fria, Novo Triunfo, Itiruçu, Ourolândia, Santa Brígida, Paripiranga, Itanagra, Quijingue, Sátiro Dias, Coração de Maria, Cícero Dantas, Lamarão e São Francisco do Conde.
Organização criminosa
Segundo investigação da Polícia Federal, funcionários públicos e empresários integram uma organização criminosa que existe há mais de 10 anos. Eles desviavam recursos públicos que ficavam em uma conta do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Recursos de origens federais, estaduais e municipais também foram desviados. Empresas de fachada e laranjas eram contratados para a realizar serviços de engenharia, de transporte escolar e realização de eventos sociais para o grupo. Os envolvidos devem responder por crimes de responsabilidade, malversação de recursos públicos, lavagem de dinheiro, peculato, organização criminosa, uso de documento falso e crimes da lei de licitações. A operação, que também é realizada em Aracaju (SE) e Brasília (DF), conta com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU), da Receita Federal e da Assessoria de Pesquisa Estratégicas da Previdência Social.