deputados federais da Bahia gastaram R$ 624 mil em combustível este ano

Os 39 deputados federais da Bahia gastaram nada menos que R$ 624 mil dos cofres públicos com combustíveis e lubrificantes nos seis primeiros meses do ano, aponta balanço feito pela Satélite junto ao Portal de Transparência da Câmara. Considerando o preço unitário da gasolina a R$ 3,25, o montante equivale a 192 mil litros. Quantidade suficiente para abastecer 3.840 tanques de 50 litros. Em média, cada integrante da bancada do estado destinou para o abastecimento de veículos, de janeiro a junho, cerca de R$ 16 mil da cota mensal repassada pelo Legislativo aos parlamentares. Individualmente, Paulo Magalhães (PSD) lidera o ranking, com R$ 28.193, R$ 4,6 mil por mês. Em segundo e terceiro lugares vêm Félix Mendonça Júnior (PDT) e Daniel Almeida (PCdoB), que informaram gastos de R$ 27.180 e R$ 26.429, respectivamente. Na ponta inversa, a dos mais econômicos em matéria de combustível, a liderança pertence a Cacá Leão (PP), com R$ 2.567,08, seguido por Irmão Lázaro (PSC) e Bebeto Galvão (PSB), ambos na faixa de R$ 3,9 mil.

Ação e reação:O secretário de Saúde do estado, Fábio Vilas-Boas, acusou ontem o deputado Jorge Solla (PT) de orquestrar uma campanha voltada a desconstruir sua imagem e forçá-lo a deixar o cargo. Esta é a primeira vez que o chefe da Sesab atribui, publicamente, ao petista a responsabilidade direta pela série de manifestações contra ele. “Estas ações, com objetivo de causar desgaste, são exclusivamente de pessoas e movimentos sociais controlados por Jorge Solla. Trata-se de uma retaliação, de cunho pessoal, às medidas que tomei para corrigir distorções e procedimentos considerados irregulares”, disparou.

Gota d’água:Fábio Vilas Boas atribuiu ao grupo liderado pelo desafeto, que comandou a Sesab por sete anos, o que chamou de “críticas falsas e manipuladas sobre minha falta de habilidade política”, relatadas na coluna de ontem. “Tenho total trânsito entre deputados da base, com os quais me relaciono muito bem e de quem ganho elogios explícitos por minha capacidade de diálogo. Recebo prefeitos diariamente. Até hoje, evitei responder a qualquer tipo de provocação. Mas cansei. Vou combater essa estratégia agressiva”, disse. Jorge Solla não foi encontrado para comentar as declarações até o fechamento desta edição.

Vitrine alheia:O ministro da Defesa, Jaques Wagner, jura de pé junto que nem deseja a chefia da Casa Civil nem tem qualquer atrito com o dono do cargo, Aloízio Mercadante. Mas, depois de ontem, ficou difícil acreditar nele. Em suas duas últimas declarações à imprensa, Wagner adotou posicionamentos que muitos aliados do Planalto esperavam de Mercadante: o de bombeiro para a crise interna e o de incendiário para críticos estrangeiros.

Assopra e morde:Primeiro, Jaques Wagner adotou o discurso da conciliação, ao defender a união entre os ex-presidentes Lula (PT) e FHC (PSDB), diante da ofensiva pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff e do agravamento da crise política: “Vivemos um momento difícil, que exige disposição para o diálogo e serenidade, características que ambos possuem”. Depois, sentou o sarrafo nos críticas do jornal Financial Times contra a economia brasileira.(Correio)

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