Maracás e Jitaúna entre os cinco municípios que se queixam do IBGE
Cinco municípios baianos convivem com a queda no valor dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), nos primeiros meses de 2016, pelo fato de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter reduzido a estimativa de população desses locais. O fato levou a uma queda de até R$ 300 mil por mês dos repasses do governo federal aos municípios de Maracás, Caém, Caatiba, Jucuruçu e Jitaúna. A base para o valor repassado do FPM é per capita, daí a redução. Maracás teve o coeficiente reduzido de 1.4 para 1.2, o que gerou queda de cerca de R$ 230 mil nos meses de janeiro e fevereiro deste ano. O prefeito Paulo dos Anjos (PT) anunciou o fechamento de dez das 43 escolas (direcionando os alunos para unidades próximas) e reduziu ações como distribuição de remédios e cestas básicas, além de diminuir o apoio às forças policiais na cidade. Maracás perde R$ 230 mil por mês por causa de 22 habitantes.
A estimativa do IBGE aponta 23.751 habitantes no município (em 2014, eram 24.156). O prefeito, no entanto, diz que há argumentos que mostram que a curva populacional deveria ser ascendente, como a instalação da mineradora Vanádio de Maracás, em 2012, além da incorporação de dez territórios ao município, no ano passado, a partir da lei estadual 13.366 de 29 de junho de 2015, que atualiza os territórios de cidades baianas.O IBGE nega que houve equívoco na estimativa. O instituto informou que “as populações dos municípios foram estimadas por um método matemático e se baseiam nas alterações populacionais municipais captadas entre os dois últimos censos demográficos (2000 e 2010) e na projeção populacional de uma área maior a que pertence um determinado município”. O prefeito de Jitaúna, Edson da Silva (PT), questiona administrativamente o IBGE. O pedido foi indeferido e ele decidiu não entrar com ação judicial. Em Jitaúna a queda populacional estimada foi de 13.636 para 13.300. O município saiu do coeficiente 1.0 para 0.8, gerando redução mensal nos repasses de até R$ 200 mil. Com informações de A Tarde