Itapetinga: Mesa Diretora faz balanço dos primeiros 100 dias de gestão

Na manhã dessa segunda-feira (10), ao completar 100 dias de gestão, a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Itapetinga realizou uma reunião para apresentar aos vereadores a situação em que foi encontrada a Casa e o atual quadro econômico-administrativo do órgão municipal.

Estiveram presentes os vereadores Eliomar Barreira/Tarugão (PMDB), Márcio Piu (PSC), Nailton Negreiro (PRB) e Gilmar Piritiba (PSD), membros da Mesa Diretora; Jair Saloes (PMDB), Romildo Teixeira (PSL), Alberto Policial (PP), José Antunes (PSC) e, representando o vereador Diego Rodrigues (PR), o assessor parlamentar Lucas Aguiar.

Durante o encontro, o presidente Eliomar Barreira e sua assessoria contábil esclareceram aos parlamentares as novas medidas adotadas para promover a economia dos recursos públicos e assegurar a transparência dos atos administrativos. “A gente tem brigado para fazer um legislativo forte e coerente”, garantiu.

O chefe do legislativo itapetinguense falou sobre as principais dificuldades encontradas: vazamento no teto do Plenário, aparelhos de ar-condicionado sem funcionamento e problemas nos sistemas de monitoramento com câmeras e de som. Ele contou ainda que a Câmara concedeu a alguns servidores horas extras e adicionais como complemento salarial em detrimento do reajuste que beneficiaria toda a categoria.  

Ao falar sobre o Duodécimo da Câmara, que é o valor repassado pelo Executivo para custear as despesas do Legislativo, Eliomar esclareceu que, na comparação entre os anos de 2016 e 2017, o acréscimo foi de apenas R$ 6.764,37. De acordo com ele, esse valor é muito inferior ao que ocorreu em vários municípios do médio sudoeste baiano. Diante do quadro, o presidente ressaltou a necessidade de gerir os recursos com bastante austeridade para não enfrentar problemas futuros.

 

O contador da Câmara Municipal, Alfredo Cabral, que prestou serviços ao órgão de 1978 a 2001, falou sobre os limites constitucionais aos quais a Câmara deve obedecer. Conforme Alfredo, a Casa está ultrapassando o limite máximo de 70% de sua receita com folha de pagamento, incluindo os gastos com o subsídio de seus vereadores, e, por isso, terá que implementar importantes medidas para regularizar a situação.

Ele atribuiu o problema ao fato de a nova gestão ter recebido o órgão com várias pendências. Foi apresentado um quadro comparativo de janeiro a março de 2016 e 2017, demonstrando que a atual gestão teve que pagar este ano o dobro do que foi pago no ano passado referente às férias e férias vencidas de servidores. Caso não fizesse isso, a despesa seria triplicada.

FÉRIAS E FÉRIAS VENCIDAS

COMPARATIVO

 

2016

2017

JANEIRO

 

11.260,60

 

22.319,09

FEVEREIRO

 

 

3.941,33

 

13.073,89

MARÇO

 

 

26.377,62

 

48.230,36

 

TOTAL NO PERÍODO JANEIRO/ MARÇO                                                                                   

 

41.579,55

 

 

83.623,34

 

O contador também apresentou outro quadro demonstrativo, comparando as despesas com serviços realizados entre janeiro e março de 2016 e 2017. De acordo com Alfredo, sendo mantidas as médias das despesas efetuadas em 2017 e as efetivamente pagas em 2016, a Câmara terá uma economia anual em torno de R$ 307.668,00.

SERVIÇOS

 

2016

2017

JANEIRO

 

 

14.716,42

 

20.816,44

FEVEREIRO

 

 

49.426,87

 

32.190,81

MARÇO

 

 

76.710,17

 

52.044,46

 

TOTAL NO PERÍODO JANEIRO/ MARÇO  

 

140.853,46

 

105.051,71

 

TOTAL DA DESPESA (ATÉ DEZEMBRO)

          

 

711.667,94

 

*420.206,58

 

 

ECONOMICIDADE PREVISTA PARA O EXERCÍCIO

 

                   291.461,06

*O total da despesa até dezembro de 2017 é estimada pela média dos três primeiros meses, que foi de R$ 35.027,24.

 

 

Após a apresentação, a palavra foi franqueada aos vereadores presentes, que tiveram suas dúvidas esclarecidas pelo contador e pelo presidente.

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