Brasil registra 824 mortes por coronavírus em 24h e bate recorde de infectados
O Brasil registrou 824 mortes decorrentes do novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo atualização feita pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira, 15. Com isso, o País já contabiliza, ao todo, 14.817 óbitos por covid-19.
O número total de casos confirmados da doença está em 218.223, com um recorde de 15.305 novos registros nas últimas 24 horas.
Ontem, menos de três meses depois de registrar o primeiro caso confirmado de covid-19, o País passou da marca de 200 mil infectados. Especialistas indicam ainda que há subnotificação de casos, e apontam que o número real de infectados deve ser maior do que o registrado nas estatísticas oficiais. Entre os países com o maior número de casos confirmados da covid-19, o Brasil é o que, proporcionalmente, menos testa sua população, segundo dados do site Worldometer.
Os números oficiais da pandemia no País apresentam especificidades em relação aos dias da semana – aos domingos e segundas, por exemplo, os novos registros diários tendem a cair. Mas a média de novos registros vem subindo.
Apenas nos últimos dez dias, foram registradas mais de 6 mil mortes porcovid-19 e 95 mil novos casos confirmados, o que indica, em média, um patamar de mais de 600 novos registros de óbito por dia, com mais de 9 mil casos confirmados diariamente.
Epicentro da epidemia no País, São Paulo bateu hoje o recorde de novos casos confirmados da doença em apenas 24 horas e, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde atualizados às 16h20, o Estado já totaliza 58.378 infectados. Conforme o boletim apresentado, o novo coronavírus já está em 70,5% das cidades de São Paulo e já provocou 4.501 mortes no Estado até o momento.
Conforme ressalta o Ministério da Saúde, os novos registros em 24 horas não indicam efetivamente quantas pessoas faleceram ou se infectaram de um dia para o outro, mas sim o número de registros que tiveram o diagnóstico de coronavírus confirmado nesse intervalo.
Troca de comando
Menos de um mês após assumir o cargo, o ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu demissão nesta sexta-feira após entrar em choque com o presidente Jair Bolsonaro. O secretário executivo, general Eduardo Pazuello, assume interinamente. Ele será o terceiro a ocupar o posto durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus no País.
A saída se dá após pressão de Bolsonaro para que Teich alterasse protocolos do Ministério da Saúde envolvendo o uso de cloroquina em pacientes da covid-19. Atualmente, a recomendação da pasta é a utilização apenas em casos graves e de internação.
A hidroxicloroquina tem se revelado, estudo após estudo, pouco ou nada efetiva para tratar a covid-19. As mais conceituadas revistas médicas do mundo já publicaram pesquisas com centenas de pacientes apontando que a droga não traz melhoras, na comparação com grupos que não a tomaram, e que traz efeitos colaterais.
Fonte: Terra