Itapetinga: O adeus ao comunicador do povo Nivaldo Viana.. Colegas, familiares, amigos e ouvintes
Desde a notícia da morte do decano da comunicação Nivaldo Viana na última terça-feira, 26, após agravamento do seu quadro de saúde no Hospital Cristo Redentor / Fundação José Silveira (FJS), a imprensa baiana vem noticiando o fato com pesar, emitindo notas de solidariedade a família.
Muitos órgãos de imprensa e de forma especial, a de Itapetinga trazendo grandes reportagens sobre a habilidade e história de Nivaldo Viana no comando do microfone radiofônico ao longo de quase seis décadas, fazendo histórias, contando histórias, ajudando a população mais carente, realizando inúmeras campanhas solidárias, plantou boas sementes, amou a Deus, vida, a família, as pessoas, o seu trabalho, realizado com total dedicação…
O corpo de Nivaldo Viana foi velado desde a noite de terça, 26, no Cerimonial I da Pax Perfeição na Avenida Cinquentenário (em frente ao ITC), sendo interrompido no final da noite em decorrências das restrições e recomendações da OMS, sendo aberto ao público às 08:00h da manhã até às 10:00h, de onde saiu o cortejo para o cemitério Jardim da Saudade (cemitério local)) no Bairro Camacã.
O Pastor Odinei Ferreira (Segunda Igreja Batista de Itapetinga) presidiu o Culto Fúnebre, incialmente lendo a Bíblia, com base na parábola do bom semeador, fazendo alusão aos inúmeros talentos de Nivaldo Viana que soube muito bem exercer o bem a favor de todos, soube aproveitar os dons que Deus lhe deu e os usou de forma inteligente a bem da coletividade, deixando um grande legado para todos nós…
No velório estavam presentes os familiares, a esposa, os filhos, enteados, tios, primos, mas um dos filhos, Dorisvaldo (Dori) foi o que estava ao lado do caixão, chorando muito, às vezes tocava no rosto do pai, mesmo estando bem espiritualmente falando, a sua expressão era de intensa dor, era muito apegado ao pai, sempre teve muito orgulho de ser filho de um cidadão de bem, de caráter ilibado, de um dos maiores comunicador de todos os tempos, do homem do povo, do homem radialista, repórter policial, cronista, do amigo, do conselheiro Nivaldo Viana.
Ao final do Culto Fúnebre o Pr. Odinei Ferreira convidou o Pr. e Cantor Beto da Banda Voz no Deserto para orar pelos presentes e pela família. Em seguida foi franqueada a palavra a um membro da família, responsabilidade que ficou a cargo de Dorisvaldo Viana, que pediu força a Deus e fez questão de agradecer ao próprio Deus, ao amigo da família e de Nivaldo Viana, José Mauro da Pax Perfeição que ofertou todo o funeral (urna funerária, espaço do cerimonial, roupa, funcionários, todo serviço funerário), aos colegas de Nivaldo, a imprensa local pela acolhida, carinho e atenção que sempre teve para com Nivaldo ao longo de sua carreira profissional.
Dorisvaldo ainda agradeceu ao seu amigo e pastor Beto (Banda Voz no Deserto), ao amigo Pastor Odinei Ferreira, a comunidade pelo carinho, pelo reconhecimento do trabalho de seu pai, ao diretor da Rádio Fascinação Dr. Cáscio Brito Rocha, advogado e empresário que desde o primeiro momento do ocorrido tem sido solidário com a família se colocando a disposição, Dori agradeceu a todos os presentes e pediu para ninguém deixar se levar por comentários maldosos ou destrutivos publicados infelizmente na internet em redes sociais após a notícia da morte de Nivaldo querendo atribuir o fato à questões politiqueiras ou coisa do gênero…
Provavelmente por conta das restrições nesse período de pandemia, muita gente deixou de comparacer ao velório para o último adeus àquele que tanto fez por esta terra na defesa dos mais humildes através do seu trabalho e talento no rádio itapetinguense. Poucas autoridades, sentimos falta da representatividade das forças de segurança local, a comunidade presente aguardava que na saída do cortejo o carro com a urna funerária fosse acompanhado de batedores (viaturas policiais e da Guarda Municipal), já que Nivaldo Viana nos seus 57 anos de profissão, mais de 40 deles como Repórter Policial, um profissional que chegou a passar um período de sua vida nas dependências da delegacia de polícia de Itapetinga, acompanhava o trabalho diário e contúnuo das Políciais Civil e Militar e Guarda Municipal com muito profissionalismo, um olho clínico, buscava informação na fonte, entrevistava comandantes, delegados, promovia o trabalho de cada profissional, de cada instituição, deu nome a guarnições, policiais, elogiava quando acertava, criticava se fosse necessário, mas com a certeza do que estava divulgando ou comentando…
A Polícia Civil (21ª COORPIN) e o coordenador regional Dr. Roberto Júnior emitiram Nota de Pesar e Solidariedade aos familiares de Nivaldo Viana. A 8ª CIPM, a Prefeitura Municipal, todos os sites, portais de notícias, blogs, jornais e revistas divulgaram Nota de Pesar e manifestaram Solidariedade aos familiares de Nivaldo Viana…
Durante o velório e na saída do cortejo percebemos muita gente simples, os verdadeiros amantes do rádio, os ouvintes apaixonados pelo trabalho de Nivaldo lamentando sua morte, muitos deles chorando copiosamente, buscando uma palavra e não encontravam, o sentimento era de muita dor, a despedida, o adeus ao homem que encantou e cativou as pessoas por onde passou, onde morou, onde trabalhou, através do rádio, através dos seus inesquecíveis programas que fizeram tanto sucesso desde a década de 70 até os últimos dias em que esteve no rádio (Rádio Fascinação AM / Programa Na Boca do Povo), programa que passou a apresentar oficialmente em abril de 2009, foi âncora por muitos anos, era a sua cara, através deste deu muita audiência a emissora, fez história, contou muitas histórias, ajudou a quem necessitava, dividiu espaço com autoridades e com o povo que amava de maneira incondicional, assim como nos demais programas que lhe renderam fama e sucesso…
No cemitério Jardim da Saudade, o coveiro que sepultou Nivaldo Viana também se chama Nivaldo. Seu nome foi dado em homenagem a Nivaldo Viana, já que sua mãe sempre foi ouvinte e fã do Cronista Policial e Comunicador desde o Programa A Noite é Nossa pela Rádio Jornal na década de 80… Nivaldo, o coveiro estava muito consternado, pois aprendeu a gostar e admirar o rádio através de sua mãe. O coveiro contou que era um fã incondicional de Nivaldo Viana, inclusive os dois brincavam muito quando tinham a oportunidade de estarem juntos. “Um dia muito difícil pra mim, pois acabei de sepultar o meu chará, o meu nome foi em sua homenagem por causa da minha mãe que o admirava demais, era o seu radialista número um”, disse o coveiro…
Por Sizinio Neto