Domingo: Brasil registra 541 óbitos por Covid-19 nas últimas 24 horas
País registrou mais 541 óbitos nas últimas 24 horas. Número total de casos identificados passa de 2,7 milhões. Números do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados neste domingo (02/08) apontam que mais 541 mortes por covid-19 foram notificadas no Brasil nas últimas 24 horas.
Com isso, o total de óbitos pela doença oficialmente identificados chegou a 94.104, segundo atualização publicada às 18h (horário de Brasília).
O Brasil ainda registrou oficialmente mais 25.800 casos, elevando o total para 2.733.677.
Diversas autoridades e instituições de saúde em todo o país, no entanto, alertaram que os números reais da doença devem ser maiores em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.
O Conass não informou o número de curados no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados no sábado, 1.865.729 já se recuperaram.
O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos de covid-19 oficialmente notificados. Só está atrás dos Estados Unidos, que na quinta-feira cruzaram a marca de 4 milhões de casos.
Já a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes chegou a 44,8. Em número total de óbitos, o país ocupa a segunda posição no mundo – novamente atrás dos EUA, que acumulam mais de 154 mil mortes.
Já no cálculo levando em conta a população, o Brasil aparece em 12° – bem à frente de países vizinhos, como a Argentina (8,08) e o Uruguai (1,02). No último mês, o Brasil ultrapassou a Holanda e a Irlanda em número de mortes por 100 mil habitantes.
Nações europeias duramente atingidas pela doença, como o Reino Unido (69,60) e a Bélgica (86,19), ainda aparecem bem à frente, mas esses países começaram a registrar seus primeiros casos entre três e quatros semanas antes do Brasil, e o número de óbitos diários está caindo – no caso britânico, está na casa das dezenas, já a Bélgica tem registrado vários dias seguidos sem mortes. Os dois países também registrado apenas algumas centenas de novos casos da doença por dia.
O Brasil já está há dois meses e meio sem um ministro da Saúde. O posto vem sendo ocupado interinamente desde 15 de maio pelo general Eduardo Pazuello, que não tinha experiência na área e indicou militares para quase todos os postos-chave do ministério. Na sua gestão, as mortes e novas notificações de casos dispararam no país. Foram quase 80 mil novos óbitos registrados desde que a pasta passou a ser gerida por Pazuello e outras dezenas de militares.
Na prática, o ministério, sob os militares, vem referendando sem questionamentos as diretrizes do presidente Jair Bolsonaro, que é contra medidas amplas de isolamento social e que promove a cloroquina como uma “cura” contra a covid-19, mesmo sem embasamento científico. Sob a intervenção pessoal de Bolsonaro e do Exército, o ministério também tentou esconder os números da pandemia no início de junho, mas voltou atrás após ordem do Supremo Tribunal Federal.
Segundo a Universidade Johns Hopkins, 679 mil pessoas já morreram de covid-19 no mundo. O número de casos identificados chega a 17,8 milhões em todo o planeta.
Fonte: Terra