SAJ: Após prisão de segundo envolvido no assassinato de transexual, delegado explica motivação do crime

O delegado da 4ª Coorpin de Santo Antônio de Jesus, Dr. Adilson Bezerra de Freitas falou nesta quarta-feira (17) sobre a prisão do homem envolvido no homicídio da transexual Gerusa Reis (clique e veja) nesta última terça-feira.

Em entrevista ao repórter Antônio Carlos, o delegado falou sobre os informações importantes do crime que ocorreu no Conjunto Habitacional Zilda Arns no dia 15 de fevereiro (veja aqui), onde pouco tempo após o homicídio, uma acusada foi presa em flagrante (veja amais).

O delegado pontuou inicialmente a motivação que levou os suspeitos a cometerem o assassinato de forma tão brutal, “já foi divulgado a prisão em flagrante de uma mulher que teria participado diretamente desse crime bárbaro que chocou a sociedade de Santo Antônio de Jesus pela forma covarde com tiros nas costas em uma emboscada. O acusado que foi preso 29 dias após o ato, é natural da cidade de Castro Alves. Lá ele já havia sido preso por tráfico de drogas, mas além disto, no final do ano passado ele se envolveu em outro homicídio na cidade natal. Após esse homicídio ele veio para Santo Antônio de Jesus e ficou no Conjunto Habitacional Zilda Arns onde se envolveu com a irmã da acusada que se encontra presa. Nesse vínculo amoroso ele entrou no grupo criminoso no qual pertence a irmã, que é da facção ‘Bonde do Maluco’. Essa irmã havia perdido a um ano seu irmão em um confronto com a polícia, sendo ele uma das lideranças do tráfico de drogas e homicídios de Antônio de Jesus”, explicou.

O delegado contou que o homicídio seria para eles, uma forma do acusado conseguir sua ‘entrada’ para a facção criminosa, “o que foi preso é recém chegado ao grupo e teria que provar seu valor, fidelidade e que merecia participar daquele grupo criminoso. Para tanto, ele foi a pessoa escolhida para cometer algum crime, em especial este homicídio, dando credibilidade a ele para entrar no grupo criminoso. Assim foi arquitetado este crime bárbaro: A vítima chegou em um bar onde eles se encontravam, e o acusado era responsável por atrair a vítima até o local do crime. Começou a paquerar a vítima, tentando se envolver e chamando para ter relações com ela, saiu com ela até o local do crime onde os demais já estavam esperando para lá a vítima ser covardemente executada”, disse.

O delegado concluiu falando sobre quem foi o responsável pelos disparos. Além disto, falou porque conseguiu prender a primeira acusada pouco tempo depois do crime, “nós efetuamos a prisão em flagrante por já estar naquele momento com forte conjunto probatório que levava aquela mulher como autora do crime, mas ela não chegou a confessar, mesmo em vista das provas apresentadas à mesma. As provas eram robustas o suficiente para realizar aquela prisão em flagrante, tanto assim que o juiz criminal homologou o flagrante e ordenou a prisão preventiva dessa mulher. Com relação a quem realizou os disparos, a arma do crime pertencia a acusada, mas no momento do disparo teria passado para o homem preso recentemente, que efetuou os tiros a queima roupa pelas costas”, esclareceu.

Redação: Voz da Bahia

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