Datena faz duras críticas a Paulo Guedes e manda recado para Bolsonaro
O apresentador José Luiz Datena elevou o tom durante o Brasil Urgente deste sábado (1°) ao falar sobre a atuação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em meio à crise do novo coronavírus. Segundo o jornalista, a pandemia intensificou os casos de fome no país; ele associou a situação ao economista escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Durante a programação, Datena chegou a questionar o motivo do representante do país mantê-lo no cargo. “A pandemia só piorou [a situação da fome no Brasil], principalmente com esse Ministro da Economia. Não sei porquê o Bolsonaro está mantendo aí“, indagou. “Um Ministro da Economia que só pensa em gente rica, não pensa em gente pobre“, complementou.
Ele ainda criticou o valor pago através do auxílio emergencial: “Um ministro que dá R$ 250 de auxílio emergencial? Isso ele gasta no café da manhã com a família dele. Isso é injusto, imoral, inadequado“.
O contratado da Band ainda se mostrou revoltado com o argumento de que não há dinheiro para aumentar o valor do benefício: “Como não tem dinheiro? Vocês deram R$ 30 bilhões para o Centrão fazer emendas parlamentares“.
O comandante da atração ainda afirmou que Guedes é o “maior inimigo” do presidente Bolsonaro. “Ô presidente, cuidado, seu inimigo maior é quem está perto de você, já falei umas 40 vezes. Você fica vendo inimigo em todo o lugar, [mas ele] mora com você, pertinho de você, mora aí no Planalto. Você acha que R$ 250 mata a fome do Brasil? Isso é uma pouca vergonha“.
Cabe lembrar que durante um encontro recente com executivos, Bolsonaro afirmou que não se posiciona nas decisões de Paulo.
“Converso com eles [ministros] antes de tomar qualquer decisão, seja a mais simples, a mais normal. Paulo Guedes, na economia, quase nada falo. Temos um bom relacionamento porque eu não apito em economia e ele não apita em política“, afirmou o presidente em um vídeo divulgado pelo jornal Folha de São Paulo.
A declaração dele ocorre após semanas de divergências entre o Congresso e a equipe econômica envolvendo a divisão de recursos no Orçamento de 2021.
Fonte: Terra