A situação enfrentada por dona Maria Vitória de Jesus, de 65 anos, e pela família dela, moradores de Vitória da Conquista, é uma mistura de algo inusitado e absurdo ao mesmo tempo.

É que após ter dados como CPF utilizados por outra mulher que tem o mesmo nome de dona Maria Vitória, e esta outra mulher vir a óbito, dona Maria Vitória passou a ser considerada como uma pessoa morta pelo INSS. Situação que começou no ano de 2005 quando os dados foram utilizados ilegalmente pela primeira vez e piorou em 2013 quando a mulher que usava esses dados morreu.

Dona Maria Vitória é uma senhora acamada por conta de alguns AVCs que deixaram várias sequelas como perda de movimentos, perda da visão e da memória. Hoje quem cuida dela são os filhos, mas as despesas são muitas com medicamentos, fraldas e alimentação especial, e mesmo a família se esforçando, não dá conta de todas as despesas, e um benefício do qual ela tem direito por meio do INSS, poderia ajudar bastante nesta situação.

Essa história impressionante foi mostrada nos telejornais da TV Sudoeste. E a informação que a família de dona Maria Vitória tem é de que o cartório que atestou o óbito dela tem de excluir o CPF dela de uma certidão de óbito, mas um juiz tem de dar uma sentença informando que os dados de documentos de dona Maria Vitória foram usados ilegalmente por outra mulher e juntamente com o laudo médico a família provaria ao INSS que a verdadeira dona Maria Vitória de Jesus está viva e pode sim receber o benefício ao qual ela tem direito.

Acontece que essa decisão do juiz foi pedida desde o ano de 2019 e até agora nada de uma resposta. Enquanto isso, Adriana de Jesus Almeida, filha de dona Maria Vitória, pede que a justiça seja logo feita e que essa situação seja logo resolvida porque já são anos e anos de luta.

Blog do Rodrigo Ferraz