Salvador tem 25 mil pessoas na extrema pobreza, estima secretário de Promoção Social
Com a crise sanitária e o agravamento da crise econômica, cresceu o número de pessoas na extrema pobreza. Em janeiro, uma reportagem da Folha de S. Paulo, com análise da FGV Social a partir de dados das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (Pnads) Contínua e Covid-19, mostrou que 12,8% dos brasileiros passaram a viver com menos de R$ 264 por mês.
A nível de Bahia, a situação pode ser ainda pior: no início deste mês, o secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) do Estado, Carlos Martins, disse que havia 1,9 milhão de pessoas vivendo com cerca de R$ 89 a R$150 por mês. No que se refere a Salvador, números da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre) estimam que há cerca de 25 mil pessoas em situação semelhante.
“Nós temos aqui em Salvador 320 mil pessoas inscritas no Cadastro Único, dentre eles 180 mil recebem o benefício do Bolsa Família, e temos uma média mensurada de 25 mil pessoas que estão em estado de extrema pobreza. Estes são os dados que nós temos. Evidentemente, por conta da pandemia, e de medidas restritivas, essas inscrições – ou essas renovações – ficaram prejudicadas”, disse o secretário da pasta, Kiki Bispo, em entrevista ao Bahia Notícias.
Ele reconhece que esses números devem estar subdimensionados. Para chegar à população carente, mas “invisível” às ações sociais, a pasta pretende fazer uma “busca itinerante”, a fim de realizar o maior número de inscrições possíveis que possibilite uma “real análise deste grupo de pessoas que estão em estado de vulnerabilidade”. Clique aqui e leia a entrevista completa.