Após decisão judicial, AGU recorre do afastamento da presidente do Iphan

A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu da decisão de afastamento da presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Larissa Rodrigues Peixoto Dutra (reveja).

A AGU apresentou o recurso ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região neste sábado (19). De acordo com a instituição, caso Larissa seja afastada, há risco de paralisia nas ações do órgão em caso de afastamento da presidente.

Conforme divulgou a CNN Brasil, o pedido pelo afastamento de Rodrigues veio após uma fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) em um evento, na quarta-feira (15), em que o chefe do Executivo afirmou que demitiu profissionais do Iphan para “não dar dor de cabeça”, após uma paralisação em obras de lojas comerciais do empresário Luciano Hang.

De acordo com o MPF, a atual presidente é graduada em Turismo e Hotelaria pelo Centro Universitário do Triângulo (Unitri), e cursa atualmente pós-graduação lato sensu em MBA executivo em gestão estratégica de marketing, planejamento e inteligência competitiva, na Faculdade Unileya.

“Ela não possui formação acadêmica compatível com o exercício da função, uma vez que não obteve graduação em história, arqueologia, museologia, antropologia, artes ou outra área relacionada ao tombamento, conservação, enriquecimento e conhecimento do patrimônio histórico e artístico nacional”, defende o MPF. 

“Tomei conhecimento que uma obra de uma pessoa conhecida, o Luciano Hang, estava fazendo mais uma loja, e apareceu um pedaço de azulejo nas escavações. Chegou o Iphan e interditou a obra”, disse Jair Bolsonaro. 

Fonte: BN

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