Faltando apenas dois dias para a chegada de 2014, a Bahia fecha o ano ocupando o 5ª lugar no país com mais ataques a agências bancárias, segundo dados do Sindicato dos Bancários. Ao todo, foram 190 ocorrências em agências baianas de janeiro a dezembro deste ano, sendo 42 em Salvador e 148 no interior do Estado.  Segundo o sindicato, ocorreram 97 explosões, 27 arrombamentos, 38 assaltos e 28 tentativas frustradas. Ainda de acordo com o sindicato, o Banco do Brasil lidera o ranque com 79 ataques, seguido do Banco Bradesco 68 e Santander 13. Em 2012 foram registrados 167 ocorrências em toda a Bahia. Pelo segundo ano consecutivo ocupando o 5ª lugar em atentados, a Bahia perde apenas para São Paulo, que lidera a lista; Minas Gerais, que ocupa o segundo lugar, Paraná e Mato Grosso. O último ataque na Bahia aconteceu no dia 19 de dezembro, em umcaixa eletrônico do Banco do Brasil, em Feira de Santana. De acordo com o diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários, Adelmo Andrade, o aumento de ataques tem ocorrido devido a falta de segurança oferecida pelos estabelecimentos. Ele acredita que se a Lei 7.102/83, que regulamenta as obrigações dos bancos, fosse cumprida e melhorada, o número seria bem menor. Para Adelmo, o aumento no número de instalação de câmeras de segurança externas e internas nas agências, além do maior efetivo de segurança, seria de fundamental importância para a diminuição de ataques.Outra questão levantada por ele é a isenção de taxa de transferência de banco para banco. “A maioria das saidinhas bancarias ocorrem quando o cliente sai de uma agência para fazer depósito em outro banco. Se a taxa fosse isenta, com certeza, não seria necessário o cliente sair com grande quantidade de dinheiropara depositar em outra agência”, argumentou.  Em relação aos ataques nas cidades do interior onde este ano ocorreu a morte de um cliente durante um assalto a uma agência do Banco do Brasil na cidade de Mucugê, no dia 6 de novembro, Andrade ressalta que, apesar da Secretaria de Segurança Pública intensificar a segurança em algumas cidades baianas, o policiamento continua insuficiente, o que facilita a ação dos bandidos. “Os bancos enxergam a segurança como custo. Eles precisam dar prioridade a esta área e se preocupar mais com a integridade física tanto dos funcionários quanto dos  clientes. Espero que em 2014 haja uma redução no número de ocorrências”, completou. (Tribuna)

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