Bolsa sobe impulsionada por commodities e otimismo sobre Fed; dólar cai a R$ 4,88

A Bolsa brasileira garantiu mais uma alta nesta segunda-feira (6) com apoio das ações da Vale e da Petrobras, as maiores do Ibovespa, e pelo otimismo no exterior, com os índices internacionais também fechando no positivo.

Como pano de fundo, a esperança de que a alta de juros nos EUA já chegou ao fim ainda permanece no mercado após dados fracos sobre o mercado de trabalho americano, divulgados no fim da última semana.

“O bom humor do mercado internacional segue após os péssimos dados do mercado de trabalho americano aplacarem por definitivo a perspectiva de que o Fed [Federal Reserve, o banco central americano] poderia subir mais um pouco a taxa de juro”, afirma Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

Já o dólar passou a maior parte do dia oscilando, mas terminou em baixa, também pressionado pela perspectiva de pausa nos juros americanos, que tende a depreciar a divisa ao diminuir a atratividade da renda fixa dos EUA, fazendo com que investidores realoquem seus recursos para mercados mais arriscados.

A queda, porém, foi limitada pelos rendimentos dos títulos do Tesouro americano, que voltaram a subir nesta segunda.

Com isso, o dólar encerrou o dia com recuo de 0,20%, cotado a R$ 4,886, enquanto o Ibovespa avançava 0,28%, aos 118.498 pontos, às 17h58.

A partir desta segunda, o horário de negociação no mercado de ações brasileiro muda em razão do término do horário de verão nos Estados Unidos. No mercado à vista, as negociações começam às 10h, com pré-abertura das 9h45 às 10h, e o fechamento tem início às 17h55 e acaba às 18h.

Na sexta (3), a Bolsa brasileira subiu 2,70% e registrou sua maior alta diária desde 5 de maio deste ano, enquanto o dólar caiu a R$ 4,89, após a divulgação de dados de emprego dos EUA.

A perspectiva de juros menores nos EUA tende a pressionar o dólar pois diminui a atratividade da renda fixa americana, fazendo com que investidores aloquem seus recursos em mercados mais arriscados, como em países emergentes.

Já as Bolsas de Valores, por serem ativos mais voláteis, são beneficiadas pelo aumento do apetite ao risco. Além disso, juros menores tendem a aliviar custos de empresas com captação e investimento, melhorando o cenário fiscal para companhias listadas em Bolsa e contribuindo para a alta dos índices americanos.

Com isso, o Ibovespa terminou o dia aos 118.159 pontos, em seu nível mais alto desde 20 de setembro, e o dólar recuou 1,49%, cotado a R$ 4,896, registrando o maior recuo diário ante o real desde agosto.

Na semana, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira acumulou alta de 4,28%, enquanto a moeda americana teve desvalorização de 2,30%. (BNews)

 

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