Bolsa sobe quase 12% no mês, com bom humor global do mercado de ações
O Ibovespa fechou em alta de 0,64%, retomando o patamar dos 126 mil pontos (ficou em exatos 126.538 pontos), nesta terça-feira (28/11). No mês, o principal índice da Bolsa brasileira (B3) registra valorização de quase 12%, de acordo com informações do consultor de dados de mercado Einar Rivero.
Esse avanço, observam os especialistas, está em linha com os principais índices de ações do mundo. Na avaliação de Elcio Cardozo, sócio da Matriz Capital, o “bom humor dos mercados globais” é resultado do arrefecimento da curva de juros futuros nos Estados Unidos e, consequentemente, no Brasil, nas últimas semanas.
Na sessão desta terça, os investidores acompanharam o resultado do IPCA-15, a prévia da inflação do país, que subiu 0,33%, em novembro. O número, porém, não foi considerado um resultado ruim apesar do avanço. Também repercutiram no pregão declarações divergentes de integrantes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre a tendência dos juros nos Estados Unidos.
Para Cardozo, o destaque negativo do dia foi a Eneva. A empresa divulgou na véspera uma proposta de fusão com a Vibra. “O sentimento do mercado é de que essa união seria positiva para a Vibra, que chegou a valorizar mais de 3% (fechou em alta de 0,78%), e negativa para a Eneva, que caiu quase 4% (encerrou o pregão em -3,06%, a maior baixa do dia).”
Outra queda relevante no Ibovespa foi a da Embraer, que baixou 1,83%. O recuo, no entanto, foi interpretado como um movimento normal por parte dos investidores, em uma possível realização de lucros, depois que os papéis subiram 16% no mês.
Uma ação com forte alta no dia foi a do Carrefour. Ela subiu 2,63% depois que o empresário Abilio Diniz afirmou que a companhia focará no atacarejo, no clube de compras e no express. Cerca de 40 hipermercados da rede devem ser convertidos em lojas do Atacadão e do Sam’s Club, marcas do grupo, entre 2024 e 2026.
As ações da Petrobras e da Vale, que têm o maior peso no Ibovespa, também subiram, ajudando a impulsionar o índice. A petroleira teve valorização de 1,08% e a mineradora, de 0,61.
Dólar
O dólar à vista fechou em queda de 0,56%, cotado a R$ 4,871. Na sessão, a moeda americana atingiu a mínima de R$ 4,858 e a máxima de R$ 4,908.
Fonte: Metropoles