Bolsonaro defende fim da Lei da Ficha Limpa e diz que “Serve para perseguir a direita”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se posicionou, em vídeo publicado nesta sexta-feira (7) nas redes sociais, contra a Lei da Ficha Limpa, afirmando que a legislação tem sido utilizada para perseguir políticos de direita. Ele defendeu o fim da norma e citou casos que, segundo ele, mostram a fragilidade da lei.

Bolsonaro comparou sua situação com a da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que, mesmo após ser cassada pelo Congresso Nacional, manteve seus direitos políticos. “Resolveram fazer uma gambiarra permitindo que ela pudesse continuar com seus direitos políticos”, afirmou.

O ex-presidente também citou Luiz Inácio Lula da Silva (PT), relembrando suas condenações na Lava Jato que foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Condenações em segunda e terceira instância, que fariam com que ele continuasse inelegível, foram para o espaço”, declarou Bolsonaro.

Ele minimizou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos. O tribunal entendeu que Bolsonaro cometeu abuso de poder político ao reunir embaixadores estrangeiros no Palácio do Planalto, em julho de 2022, para fazer acusações infundadas contra as urnas eletrônicas.

“Qual foi o crime? Reunir-se com embaixadores? Ocupar um carro de som e fazer um pronunciamento? Hoje, a Lei da Ficha Limpa só serve para perseguir políticos de direita”, declarou o ex-presidente.

A declaração reacende a discussão sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa, que desde 2010 estabelece critérios rígidos para barrar candidaturas de políticos condenados por órgãos colegiados.

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