Brasil pode taxar empresas de tecnologia em resposta a tarifas de Trump sobre o aço

O governo brasileiro estuda a possibilidade de taxar plataformas digitais norte-americanas caso o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficialize o aumento de tarifas sobre o aço e o alumínio. A medida impactaria diretamente o Brasil, que é o segundo maior exportador de aço para os EUA, com 48% de suas vendas externas destinadas ao mercado norte-americano, totalizando US$ 5,7 bilhões em 2024. Diante desse cenário, o governo Lula avalia a melhor forma de resposta sem iniciar uma guerra comercial aberta. As informações são da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo

Brasil busca alternativas para equilibrar os impactos da nova taxação. Entre as possibilidades discutidas, a aplicação de uma taxa sobre plataformas digitais norte-americanas, conhecida como “digital tax”, surge como uma opção viável. Essa medida permitiria uma retaliação econômica sem comprometer diretamente setores estratégicos da relação comercial entre os dois países.  

Além disso, a taxação digital não seria uma ação improvisada, pois já é tema de debate na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e vem sendo implementada em países como o Canadá. Dessa forma, o Brasil poderia justificar a medida como um alinhamento às tendências internacionais, reduzindo o risco de retaliações mais severas por parte dos EUA. A estratégia reflete a busca por um equilíbrio entre defender os interesses nacionais e manter a estabilidade das relações comerciais bilaterais.

Fonte: Voz da Bahia 

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