Caso Henry: Mãe contou a pediatra que filho tremia e vomitava ao ver Jairinho
A Polícia Civil do Rio de Janeiro recuperou do celular da professora Monique Medeiros uma conversa em que ela relata para uma prima pediatra que o filho, Henry Borel Medeiros, de 4 anos, sentia “medo excessivo de tudo” e, quando via o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), chegava a “vomitar e tremer”.
A troca de mensagens com a pediatra, obtida pelo jornal Extra, ocorreu seis dias após Monique ser informada pela babá Thayná de Oliveira Ferreira de que Henry levava bandas e chutes do padrasto.
“Henry está com medo excessivo de tudo, tem um medo intenso de perder os avós, está tendo um sofrimento significativo e prejuízos importantes nas relações sociais, influenciando no rendimento escolar e na dinâmica familiar. Disse até que queria que eu fosse pro céu pra morar com meus pais, em Bangu”, diz trecho da mensagem enviada por Monique para a prima.
Uma troca de mensagens entre Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, e a babá do jovem alertou a Polícia Civil do Rio de Janeiro. No conteúdo trocado entre as mulheres, a funcionária narra em tempo real as agressões de Dr. Jairinho.
Os prints obtidos pelo UOL são de uma conversa do dia 12 de fevereiro, quase um mês antes da morte da vítima, no dia 08 de março. No conteúdo, a babá relata que Jairinho e Henry ficaram trancados por alguns minutos em um cômodo com o volume da televisão alto. Ao sair do espaço, o menino teria mostrado hematomas e ainda teria afirmado ter levado “uma banda” (rasteira) e chutes do padrasto. A criança ainda reclamou de dores no joelho e na cabeça.
A conversa aconteceu enquanto Monique estava no shopping. “De início gritou tia. Depois tá quieto. Aí eu respondi: ‘Oi’. Aí ele nada”, começou a babá. “Vai lá mesmo assim”, respondeu Medeiros. “Fala assim: sua mãe me ligou falando para você ir na brinquedoteca brincar com criança. E fica um tempo lá. Jairinho não falou que ia para casa”, continuou.