Chico Rodrigues, flagrado com dinheiro na cueca, volta ao mandato e envia carta a colegas
Após cumprir uma licença de 121 dias, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) retomou as atividades parlamentares nesta quinta-feira (18). O parlamentar foi flagrado pela Polícia Federal, em outubro, tentando esconder R$ 33 mil na cueca durante operação.
Em uma rede social, o senador afirmou ter encaminhado uma carta aos colegas com explicações sobre o ocorrido. No documento, Rodrigues nega irregularidades e diz que agiu dominado “pelo pânico e pelo medo”.
“Confesso que, num dado momento, em meio ao transtorno, fiquei mesmo em dúvida se se tratava de uma operação policial ou de ação de uma quadrilha especializada. Estava dominado pelo pânico e pelo medo. Por aquele momento de desespero, quero pedir desculpas a todos se não consegui manter o comportamento de equilíbrio mais adequado. Poderia ter tido uma reação psicológica melhor? Certamente”, diz o parlamentar na carta.
O senador também publicou imagens de documentos que, segundo ele, comprovam que “nenhum centavo das emendas foi utilizado, e os valores na minha Declaração de Imposto de Renda descartam as acusações feitas a mim à época”.
“Com a consciência tranquila, aguardo c/ serenidade, q as investigações sejam concluídas e q a Justiça se manifeste ao final de todo esse processo, e, examinando c/ a isenção o distanciamento q lhe são característicos, manifeste-se e ponha um ponto final nesse triste episódio”, diz o senador.
O caso de Chico Rodrigues nunca chegou a ser analisado pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado. A última reuniu do conselho ocorreu em setembro de 2019.
À época, a operação da PF foi autorizada pela Justiça como parte de uma investigação sobre supostos desvios de recursos públicos em Roraima. Rodrigues era vice-líder do governo no Senado. Ele negou irregularidades e disse que o dinheiro na cueca seria usado para pagar funcionários. Na carta aos colegas, Chico ratifica essa versão.