COP 27: Bacelar diz que Brasil volta a ter protagonismo ambiental
A expectativa do papel do Brasil no enfrentamento à crise climática do mundo é grande. A avaliação é do deputado federal Bacelar (PV) que está em Sharm el-Sheikh, no Egito, participando da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27). Ele acredita que a experiência dos governos anteriores de Lula traz a perspectiva de efetivo combate ao desmatamento, que é o principal responsável pelas emissões de gases do efeito estufa pelo Brasil.
O parlamentar disse ainda que os rumores entre os participantes da COP27 é de que o Brasil poderá voltar a liderar o debate das políticas de mitigação e adaptação à mudança climática e também na redução da desigualdade.
“Somos um país com uma biodiversidade grande, temos uma extensão territorial diferenciada, a Floresta Amazônica e conseguimos diminuir a emissão de gases no efeito estufa durante os governos Lula e Dilma. Por isso a expectativa é alta”, avaliou Bacelar.
Ao ser questionado sobre as perspectivas para o futuro, Bacelar demonstrou preocupação. Segundo ele, os cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), alertam que o aquecimento do planeta até 2100 poderá ser de catastróficos 2,8º graus, quase o dobro do almejado pelo Acordo de Paris.
“As consequências das ondas de calor extremas seriam gravíssimas. Secas severas, inundações e furacões, entre outros, que resultariam em milhões de refugiados climáticos, sobretudo nos países mais pobres.”
Na avaliação do parlamentar, o principal obstáculo é político. Para ele, os países desenvolvidos e em desenvolvimento têm corresponsabilidade ambiental e devem cumprir acordos financeiros e executar as políticas públicas para conter o aquecimento global.
“Se não agirmos, não estamos só condenando as gerações futuras, forçaremos milhões de pessoas a uma busca desesperada por novas fronteiras e sentenciaremos milhares de pessoas à exposição a eventos cada vez mais extremos. Existem pontos que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida da população mais diretamente” concluiu.
Fonte: BN