Delegada de MG atira em colegas e se tranca no próprio apartamento

A delegada da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) Monah Zein atirou contra colegas da corporação na última terça-feira (21/11) e se trancou no próprio apartamento, em Belo Horizonte. A situação teria começado após a policial desabafar nas redes sociais, ao dizer que não queria retornar ao trabalho com o encerramento de suas férias, e, então, colegas da corporação terem ido até seu endereço.

Zein saiu do imóvel na tarde desta quarta-feira (22/11), de acordo com a defesa da delegada, e está a caminho de atendimento médico. A defesa havia perdido contato com ela por uma hora.

Os policiais civis que estão no local tentam negociar a entrega da arma, bem como a saída do imóvel, e unidades do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também acompanham o caso.

Nos registros das redes sociais, Zein aparece dispensando os colegas de corporação enquanto eles tentam negociar, através da porta. Apesar dos disparos efetuados pela delegada, a PCMG afirmou à imprensa que não há registros de pessoas feridas, e que há equipes da Corregedoria no caso também.

O advogado Leandro Martins, que representa a delegada, afirma que Monah Zein é vítima de assédio moral desde o primeiro ano de serviço. Ao Metrópoles, ele afirmou que perdeu a comunicação com a delegada após a energia e a água do apartamento serem cortadas, e reiterou que a tentativa de negociação com a Corregedoria prossegue.

“É um abuso, mais um assédio moral à servidora, não exige ordem legal de qualquer juiz que ela seja constrita em casa, internação, nada. Ela está sendo coagida, cortaram energia, água…”, explicou ao Metrópoles. “A defesa nem consegue mais contato, estamos há mais de uma hora tentando. A mãe dela se deslocou do Paraná para dar apoio, e também não consegue. Se continuar no pé que está, vão fazer com que ela acabe se auto-exterminando”, completa.

Em nota à imprensa, a defesa da delegada lamentou a situação, e repudiou a forma com que a PCMG trata os servidores, “em especial as servidoras do sexo feminino”.

“O assédio moral dentro da corporação é uma coisa que reclama cuidados de toda a sociedade e do seu governador do estado também”, completa a nota.

Fonte: Metrópoles.

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