A renovação do mandato do PT no governo baiano, que passará a comandar o Estado por 20 anos com Jerônimo Rodrigues, tem impulsionado a discussão de novas candidaturas a prefeito no interior com o envolvimento animado de aliados, deixando nomes tradicionais para trás nas articulações com vistas a 2024.

Um dos casos mais notáveis talvez seja o da cidade de Feira de Santana, onde o PT tenta há pelo menos seis eleições ganhar o poder sem sucesso com o deputado federal Zé Neto, o que tem incentivado um debate sobre a sucessão do próximo ano no município que passa longe do projeto do parlamentar.

Na cidade, o nome sobre o qual os comentários vão ganhando cada vez maior densidade é o da secretária estadual de Saúde, Roberta Santana, que, depois das derrotas sucessivas de Zé Neto, surge animando, com a aura da novidade, aliados como o MDB do ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima.

“Somos aliados do PT também em Feira, achamos que a definição da candidatura é assunto interno do partido, mas não negamos que o surgimento de um nome como o da competente Roberta Santana,
com todos os predicados para bombar, revigora nossas expectativas de vitória na cidade”, admite o presidente de honra do MDB acrescentando que o nome dela facilitaria em muito as conversas entre os dois partidos, podendo viabilizar até uma composição com a pré-candidata do MDB, a vereadora Lu de Roni, numa chapa de mulheres .

Em Feira, o prefeito Colbert Martins Filho pertence ao MDB, mas faz oposição ao governo do Estado, vive às turras com a direção do partido e não poderá mais concorrer à reeleição, o que só reforça a perspectiva de os emedebistas fazerem campanha aberta e votarem em um candidato petista. (Política Livre )