Ex-policial Civil suspeito de ter queimado delegado aposentado vivo se entrega à Polícia Civil

O ex-investigador da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) Rodrigo Cesar Costa Barbosa (foto em destaque), 52 anos, entregou-se à corporação, na manhã desta sexta-feira (24/5). Ele era procurado por arquitetar a execução brutal do delegado aposentado e advogado criminalista Hudson Maldonado Gama, 86.

A vítima foi queimada vivo dentro de casa, em Sete Lagoas, município na Região Central de Minas Gerais. O crime ocorreu nessa quarta-feira (22/5). Hudson era pai do delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Hudson Maldonado Filho.

A principal linha de investigação é de que o homicídio tenha sido motivado por vingança. O assassino foi expulso da corporação em 2006, devido a uma ação defendida por Maldonado Gama, que atuava como advogado à época. No processo, de caráter administrativo disciplinar, Rodrigo Cesar havia sido acusado de extorquir uma mulher.

Cerca de 18 anos depois, nessa quarta-feira (22/5), o investigado se vestiu de entregador, invadiu a casa do delegado aposentado, esfaqueou o idoso, enrolou-o em um colchão e ateou fogo à vítima. Hudson estava com a saúde debilitada em função de um acidente vascular cerebral (AVC) que teve seis meses antes e, por isso, não conseguiu sair da casa. O advogado morreu carbonizado.

Uma testemunha relatou à polícia que, no dia do crime, chegou ao trabalho, na casa de Hudson, e ouviu alguém interfonar. Um homem se apresentou como entregador de farmácia e, quando a pessoa que trabalhava no imóvel se aproximou do portão, foi ameaçada e rendida com uma faca.

Rodrigo Cesar teria dito que o problema não era com ela e, sim, com o ex-delegado, com quem “tinha uma dívida há 18 anos”. O assassino, então, entrou no imóvel e usou gasolina para atear fogo no quarto onde a vítima estava. Depois do crime, fugiu em uma moto.

O que diz a PCMG

Por meio de nota, a PCMG informou que abriu inquérito para apurar as circunstâncias que envolvem a morte do delegado de polícia aposentado.

“Na ocasião, a perícia e uma equipe de policiais compareceram ao endereço [da vítima] para identificar e coletar vestígios. O corpo foi encaminhado ao Posto Médico-Legal do município, onde passou por exame de necropsia e, em seguida, foi liberado aos familiares”, detalhou o texto.

A corporação confirmou que identificou o suspeito do crime e a possível razão para o assassinato. “A suposta motivação seria a exclusão dele do quadro da instituição, por meio de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), face à prática de transgressão disciplinar de natureza grave e tendo em vista que a vítima participou do procedimento [de apuração interna] à época”, completou a PCMG.

Fonte: Metrópoles

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.