Exército exige vacinação e proíbe que militares espalhem fake news

O comandante do Exército Brasileiro, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, determinou a exigência decomprovante de vacinação contra a Covid-19 e o uso de máscaras para que militares retornem ao trabalho presencial. Na mesma ordem, proibiu militares de espalharem fake news e determinou que eventos religiosos tenham sua “pertinência” analisada.

As orientações – que vão contra o entendimento do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a obrigatoriedade da vacina e do uso de máscara e defende a plena realização de cultos e missas mesmo durante a pandemia do novo coronavírus – constam em diretriz assinada nessa segunda-feira (3). O texto, ao qual o Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, teve acesso.

Oliveira diz ser necessário avaliar o retorno às atividades presenciais dos servidores, desde que respeitado o período de 15 dias após a imunização. “Os casos omissos sobre cobertura vacinal deverão ser submetidos à apreciação do DGP [Departamento-Geral do Pessoal], para adoção de procedimentos específicos”, explica o comandante.

A recomendação surge após o Metrópoles revela que 36,5 mil militares do Exército e da Aeronáutica ainda não se vacinaram contra a Covid-19. Só na Força Terrestre, comandada pelo general Oliveira, 32,2 mil militares não se imunizaram. Na prática, isso equivale a 15% do efetivo total da tropa, que tem cerca de 215,1 mil soldados. Os números foram pedidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) em novembro.

A diretriz recomenda ainda o teste RT-PCR para os militares que voltarem de viagens internacionais.Sugere também avaliar a pertinência da realização de seminários, palestras, confraternizações, eventos religiosos ou quaisquer outras atividades que impliquem na aglomeração de pessoas.

Além disso, assegura que a prestação de informação falsa sujeitará o militar ou o servidor às sanções penais e administrativas previstas em lei.

Fonte: BN

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