O ex-vereador Gabriel Monteiro será solto após passar mais de um ano preso na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A decisão de libertação foi da juíza Renata Guarino Martins, da 34ª Vara Criminal da capital, em cumprimento a uma determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

De acordo com a sentença, Monteiro terá cinco dias para colocar a tornozeleira eletrônica e deverá cumprir uma série de restrições. Entre as condições impostas, ele está proibido de deixar o Rio de Janeiro e de manter contato com pessoas envolvidas no processo. Ele também terá que se apresentar periodicamente à Justiça.

O ex-vereador foi preso em novembro de 2022, acusado de estuprar uma mulher após deixarem uma casa noturna e seguirem para a casa de um amigo. A vítima afirmou que Monteiro trancou a porta do quarto, usou uma arma para intimidá-la e manteve relações sexuais de forma violenta.

Além desse caso, Gabriel Monteiro responde a outras quatro denúncias feitas pelo Ministério Público Estadual. Em abril de 2024, foi acusado de abuso de autoridade por invadir dois centros de acolhimento infantil e gravar vídeos para redes sociais.

Em maio de 2023, foi denunciado por perseguir e desacatar um superior. Em junho de 2022, houve a acusação de importunação e assédio contra uma ex-assessora. Já em abril de 2022, foi denunciado por filmar uma relação sexual com uma menor de idade.

Em dezembro de 2022, Monteiro foi condenado por invadir o CTI da Coordenação de Emergência Regional do Leblon, numa área restrita a pacientes com Covid-19. Na ocasião, o ex-vereador alegou estar realizando uma “vistoria”. A juíza Maria Tereza Donatti, do 4º Juizado Especial Criminal do Leblon, condenou Monteiro a um ano de detenção e 360 dias-multa, mas a pena foi convertida em prestação de serviços comunitários em regime aberto.

Cassado por quebra de decoro parlamentar em 2022, Gabriel Monteiro perdeu o mandato de vereador em meio a acusações de estupro, assédio sexual e vídeos forjados para a internet.

Fonte: Voz da Bahia