Gás de cozinha tem novo aumento de 6%
A tarefa de colocar comida na mesa, que já não andava nada fácil, ficou mais complicada para os brasileiros. Isso porque a Petrobras fez um reajuste de 6% no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), que é utilizado como gás de cozinha, na quinta-feira (7). Agora, com o aumento comunicado pela empresa, o valor de venda será de R$ 35,98 por 13kg.
Para o consumidor final, o aumento começou a valer neste sábado (9). O botijão, que custava em média R$ 78 em Salvador, passou a custar, em média, R$ 85.
Além de anunciar o reajuste, por meio de nota, a estatal fez questão de salientar que não define os preços que são praticados pelas distribuidoras, que devem acrescentar o aumento no valor que cobram atualmente pelo botijão. “Por sua vez, as distribuidoras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as revendas, são responsáveis pelos preços ao consumidor final”, informou.
Dói no bolso
É claro que a notícia não agradou os consumidores. Para a doméstica Márcia Ribeiro, 59 anos, a decisão de empresa petrolífera implica em um aperto nas contas mensais. “Os menos favorecidos são prejudicados. Esse gás aumenta sempre, com ou sem anúncio da Petrobras. E quem sofre é a gente, que é assalariado e vê a missão de colocar comida na mesa mais difícil. Não bastasse os preços do feijão e do arroz, que estão nas alturas”, reclamou Márcia.
Quem concordou com a doméstica foi a atriz e produtora cultural Karla Crislaine, 30. Segundo ela, antes do anúncio da estatal, os constantes aumentos do preço já prejudicaram bastante. “Todos os aumentos que vêm acontecendo já impactam de forma muito negativa no nosso dia a dia e agora vai ficar pior ainda, principalmente, para quem está desempregado e está a dependendo do auxílio emergencial”, disse.
Para Karla, o aumento acontece no momento em que a demanda pelo uso do gás cresce, o que deixa a situação ainda mais difícil. “Tem um agravante ainda maior porque o custo com a alimentação neste período em que as pessoas precisam ficar em casa já cresceu. A gente come mais, cozinha mais e, consequentemente, gasta mais gás. O que já estava difícil, fica pior”, ressaltou.
Explicação
De acordo com a Petrobrás, os preços praticados são determinados por uma relação de equivalência com os valores de importação. Essa relação leva em conta o valor do produto no mercado internacional, o frete dos navios, as taxas praticadas nos portos e também as taxas de câmbio que, por conta da alta do dólar, fazem com que o preço fique ainda mais salgado para os consumidores.
(Correio)