Gestante é assassinada e teve bebê retirado do útero com estilete

Gestante de 24 anos foi assassinada em Santa Catarina e teve barriga cortada com estilete para retirada do bebê. O caso ocorreu em Canelinha, na Grande Florianópolis, e chocou a cidade de 12 mil habitantes. Segundo a polícia, o corpo da vítima foi encontrado em um forno de uma cerâmica desativada na cidade. A recém-nascida foi levada com ferimentos para o hospital. As informações são do portal de notícias do G1.

Segundo a Polícia Civil, uma conhecida da vítima, de 26 anos, teria feito emboscada para cometer o assassinato e ficar com o bebê. De acordo com o delegado Paulo Alexandre Freyesleben e Silva, a mulher confessou o crime e afirmou que ele foi premeditado. Ela foi presa junto com o marido, após levar a recém-nascida para o Hospital Infantil Joana de Gusmão, na capital de Santa Catarina.

A mulher suspeita de matar a grávida foi ao hospital ainda na noite de quinta-feira com o bebê, afirmando que a filha era dela, segundo informou a polícia. A identificação do casal preso não foi divulgada devido a Lei de Abuso de Autoridade. O nome da grávida morta também não foi divulgado, para a preservação da identidade da bebê, que tem o direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Ao G1, amigos da gestante relataram que o parto estava previsto para 22 de setembro, e a jovem estava feliz e ansiosa com a gestação. A vítima trabalhava como pedagoga e adorava ser professora, disse a amiga Josiane da Silva. Ela foi uma das escolhidas pela jovem e o companheiro para serem madrinhas da primeira filha do casal.

Conforme a reportagem do G1, nenhum advogado se apresentou para fazer a defesa da mulher suspeita. O velório da vítima ocorre neste sábado, 29, na cidade, onde ela também deve ser sepultada.

Como ocorreu o crime

A jovem de 24 anos estava grávida de 38 semanas e era diabética, segundo a Prefeitura de Canelinha. Por estar no grupo de risco do coronavírus, estava afastada do trabalho presencial. Na quinta-feira, 27, ela saiu para um chá de bebê surpresa, conforme a amiga, Jeisiane Benevute.

Sem notícias da amiga até a noite de quinta, ela e outros familiares informaram o desaparecimento da gestante nas redes sociais. Pela manhã, souberam que o corpo foi encontrado. A bebê não estava com a vítima no local do crime. A récem-nascida foi levada para a unidade hospitalar pela suspeita do assassinato e o marido. Já a gestante, segundo o delegado Paulo Alexandre Freyesleben e Silva, teria sido levada até o local do crime por uma amiga.

“Ela [suspeita] disse que engravidou no ano passado e perdeu esse bebê em janeiro, mas não comunicou aos familiares, inclusive nem teria falado para o marido, que estaria muito empolgado com a gravidez dela. Ela manteve a alegação da gravidez e neste período começou a cogitar o homicídio da vítima em razão da coincidências de prazos da gestação. Ontem [quinta] ela disse pra vítima que iria fazer um chá de bebê e convidou a vítima para participar”, explicou Silva ao G1.

A amiga, no entanto, acabou levando a vítima até a cerâmica desativada, que supostamente seria um ponto de encontro com outros convidados da festa. No local, ela atingiu a vítima com tijoladas na cabeça e depois cortou a barriga da gestante para retirar o bebê do ventre da mãe, detalhou o delegado. “A ideia dela era matar a mulher e ficar com a criança”, disse Silva. O estilete foi encontrado no local do crime.

“Ela [suspeita] é extremamente fria, em momento algum ela demonstrou algum tipo de arrependimento ou algum tipo de culpa em relação a toda a situação”, afirmou Silva. Já o marido, segundo o delegado, estava nervoso e chorou durante o depoimento.

Internação da criança e autuação em flagrante

Segundo o delegado Silva, antes de se dirigir ao hospital, por volta das 17h da quinta-feira, a suspeita teria enviado mensagens para profissionais da saúde, relatando sobre o próprio parto em via pública. Também citou que teria recebido ajuda de populares para chegar ao condomínio que reside.

Na unidade de saúde, a Polícia Militar foi acionada pela equipe médica, por volta das 21h, por uma suspeita de lesão corporal contra uma criança. Também de acordo com o delegado, o marido da suspeita foi preso quando foi realizar a retirada da criança no hospital. O casal foi autuado em flagrante por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e lesão corporal gravíssima na criança. (G1)

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