Itambé: Cãozinho tenta acompanhar idosa doente e fica em porta de hospital durante três dias
A lavradora aposentada Laura Botelho, de 83 anos, contou com uma companhia especial enquanto estava internada para tratar de uma gripe, na cidade de Itambé, no sudoeste da Bahia. Ela ficou três dias internada, de 10 a 12 de agosto, no Hospital São Sebastião, para cuidar da doença. O cãozinho “Smith”, da raça pinscher, ficou na porta do hospital e tentava entrar na unidade médica para acompanhar a idosa. Mesmo com as tentativas de familiares dela de fazer com o que o animal saísse de lá, ele dava um jeito de retornar para ficar perto de Dona Laura. Foi a primeira vez que, desde que o cachorro acompanha a idosa, ela precisou ser internada. Laura ficou no hospital tomando soro, porque não estava conseguindo se alimentar direito. Depois doscuidados na unidade médica, ela recebeu alta e está em casa se recuperando da doença. Como Dona Laura ainda estava sentindo fraqueza por conta da gripe, o G1 conversou com a filha dela, Eliete Santos de Oliveira, que auxilia a idosa. Ela relata que, como animal não podia ficar no hospital, tentou tirar “Smith” da porta da unidade médica, mas ele não deixava porque é muito apegado à idosa. “A gente pegava ele e trazia ele para casa. Ele sempre que podia fugiae voltava para ficar na porta do hospital”, conta Eliete. Ela diz que o animal já costumava acompanhar Dona Laura para todos os lugares que ela vai e já é conhecido na cidade por conta disso. “Ele não deixa ela nem um minuto, ele vai com para ela para missa. Quando ele não aparece na igreja com ela, já perguntam: ‘Cadê ocachorrinho?”, conta Eliete. A filha de Dona Laura diz que o apego do animal com a idosa começou há cerca de quatro anos, quando o filho de Dona Laura precisou viajar e deixou “Smith” aos cuidados da mãe. Desde então, ele não deixou a casa de Dona Laura, que mora sozinha. “O cachorro era de meu irmão, mas ele viajou e deixou o cachorro na casa dela. E ele [o cachorro] não quis mais voltar, ficou e se apegou e até hoje. Tem uns quatro anos que vive com ela”, relembra a filha da idosa.(G1)