Itapetinga: Câmara discute reabertura do comércio em audiência pública virtual
Nesta segunda-feira (4), a Câmara Municipal de Itapetinga realizou a primeira audiência pública virtual da sua história, para discutir a reabertura do comércio, seus efeitos e as medidas de segurança adotadas para o funcionamento dos estabelecimentos comerciais durante a pandemia da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
Além dos vereadores, participaram da audiência os seguintes convidados: o secretário municipal de Saúde, Hugo Sousa; a coordenadora da Fundação José Silveira/Hospital Cristo Redentor, Ana Bárbara Matos; o gerente executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas de Itapetinga (CDL), Eduardo Cardoso, e o vice-presidente da entidade, Oniel Brandão, além do presidente e da vice-presidente do Sindicato dos Comerciários, Wellinton Brito e Francine Martins, respectivamente.
Na abertura da audiência pública virtual, a presidenta Naara Duarte explicou que a proposta do evento foi de iniciativa da mesa diretora e contou com a aprovação de todos os parlamentares municipais, com o objetivo de promover o diálogo entre os setores envolvidos diretamente no enfrentamento da pandemia no município, garantindo a participação popular e prestando esclarecimentos importantes à comunidade sobre o funcionamento do comércio e as medidas que vêm sendo implementadas visando à proteção da saúde de todos.
A população pôde participar enviando sugestões e perguntas por e-mail ou pelo chat da transmissão ao vivo pelo canal oficial da Câmara no Youtube. Diversas pessoas fizeram perguntas sobre a eficácia das medidas emergenciais adotadas para garantir o funcionamento adequado do comércio no período de isolamento social. Elas também comentaram, entre outros assuntos, sobre a fiscalização do uso de máscaras e da proibição de aglomerações em espaços públicos. O jovem Anderson Almeida, por exemplo, cobrou acessibilidade e ações de conscientização voltadas para a comunidade surda.
O secretário municipal de Saúde, Hugo Sousa, disse que o município tem seguido o protocolo do Ministério da Saúde para os casos monitorados.“Itapetinga não está criando um protocolo novo; nós, da Secretaria de Saúde, não estamos inventando um protocolo”, destacou. Ao responder o questionamento de um vereador, o secretário pontuou que, além do comércio, das igrejas, dos locais públicos, dos campos de futebol, dos clubes, todos os setores públicos e privados do município têm de ser fiscalizados. Entretanto, Hugo Sousa falou da dificuldade existente com pessoal. “Nós não temos funcionários suficientes para fazer todos os dias o monitoramento preciso em todos os lugares da cidade”, revelou.
A coordenadora da Fundação José Silveira/Hospital Cristo Redentor, Ana Bárbara Matos, esclareceu que, de acordo ao plano de contingência do Estado, a instituição não é unidade de referência para o tratamento de pacientes da doença causada pelo novo coronavírus. “Hoje nós recebemos qualquer paciente que por ali passar, porém, se esse paciente for suspeito da covid-19, ele não fica na nossa unidade; ele é transferido para a unidade de referência, que é Vitória da Conquista”. Ela deixou claro que todo apoio é oferecido ao paciente enquanto ele permanece na unidade de Itapetinga e que a Fundação José Silveira está à disposição da população e cuidando dos seus colaboradores.
O presidente do Sindicato dos Comerciários, Wellinton Brito, contou que a entidade ficou preocupada com a reabertura do comércio, em razão da circulação diária de aproximadamente quatro mil trabalhadores na rua. Ele também comentou que as filas de bancos acabam afetando o comércio. “É muita gente no comércio. Essas pessoas, por incrível que pareça, nem estão entrando nas lojas para comprar”, afirmou. Segundo ele, muitas dessas pessoas vêm de diferentes cidades da região onde não há agências da Caixa Econômica Federal.
Conforme o gerente executivo da CDL, Eduardo Cardoso, o comércio ficou fechado por praticamente três semanas e a retomada das atividades levou em consideração a manutenção do maior número possível de postos de trabalho, cumprindo as medidas protetivas necessárias para o funcionamento dos estabelecimentos. “O orgulho da CDL é no sentido de que nós, juntamente com outras entidades, organizações e o Comitê de Crise, temos levado com seriedade esse processo, esse momento, que é extremamente difícil”, declarou. Ele disse, ainda, que a CDL tem realizado uma campanha pedindo à população que use máscaras de proteção e vá ao comércio somente quando necessário. Eduardo Cardoso informou que foram adquiridas mais de três mil máscaras para viabilizar a aquisição a preço de custo pelos associados.
Para saber mais sobre as discussões, acesse o canal da Câmara noYoutube e assista ao vídeo da audiência pública virtual.
ASCOM/CÂMARA