Itapetinga: Engenhação aproxima UESB da comunidade

O conhecimento científico levado ao público de forma simples, aproximando a Universidade da comunidade externa. É assim o Projeto de Extensão EngenhAção, do curso de Engenharia de Alimentos, campus de Itapetinga, que realiza ao longo do ano ações informativas relacionas à segurança alimentar, manipulação, armazenamento e prazo de validade dos alimentos.

As ações do projeto neste ano foram realizadas em parceria com o Projeto Conviver, do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do município. O EngenhAção realizou atividades em seis bairros da cidade, promovendo conscientização sobre rotulagem, e disponibilizando informações sobre alimentos para fins especiais, análise e percepção sensorial. De acordo com a coordenadora do EngenhAção, professora Cristiane Patrícia de Oliveira, desde a primeira vez que o projeto foi realizado havia uma participação maior dos idosos. “Eram eles quem mais tinham questionamentos, sendo muito receptivos e atentos às informações. Mais do que trazer conteúdos, o curso de Engenharia de Alimentos quer conhecer e atender a demanda dos idosos”, destacou a coordenadora.

Com o avançar da idade, é comum que as papilas gustativas acabem perdendo um pouco da capacidade de percepção. Nas ações do projeto os idosos receberam dicas de como preparar refeições com alimentos que estimulam o paladar (como condimentos e temperos naturais), aumentando a ingestão de líquidos, utilizando alimentos com texturas diferentes, além de alternar entre um alimento e outro durante a refeição para neutralizar a adaptação sensorial.

Apesar de considerar as dicas valiosas, Risodália Maria Santos Ferreira, de 66 anos, confessa a dificuldade em romper com sua maneira de alimentação. “Gostei de tudo e toda vez que o projeto vier aqui terá minha presença, mas separar o arroz e o feijão, não”, confessa a idosa já habituada a comer misturando todos os ingredientes. Maria Pinheiro de Souza, outra idosa participante, destacou a importância do projeto e dessas ações como estímulo para sair de casa e melhorar sua saúde. “Achei tudo muito bom. O projeto sempre me traz ensinamentos, então quando estou doente fico ainda pior caso não possa vir”, relatou.

As contribuições do Projeto vão além da comunidade externa. Para a discente de Engenharia de Alimentos, Josane Cardim, o projeto contribui para sua formação acadêmica, uma vez que este contato com o público nas ações extensionistas a preparam para um possível mestrado e para o cotidiano em sala de aula. “Gosto de lidar com o público, então essa atividade é como um estágio. Tenho uma avó com mais de cem anos e aquilo que ela me conta são também as coisas vivenciadas pelos idosos. É uma troca de informações e de conhecimentos”, avaliou a discente.

Para encerrar as atividades do projeto, cerca de 150 idosos passaram a tarde de terça-feira, 18, na Universidade, conhecendo alguns dos seus espaços, depois de terem participado de aulas de dança, alongamento e apresentação cultural. A visita guiada foi realizada na Biblioteca Regina Célia Ferreira Silva (Bircefs) e no Setor de Avicultura. “Me diverti muito no passeio, foi minha primeira vez na Uesb e o que mais gostei foi de ver os animais” avaliou Maria Lúcia Moreira de Souza. “Gostei da Biblioteca, mas também aproveitei o espaço dos patos e dos outros bichinhos, só fico com pena de ver que os animais não podem ficar sempre soltos”, revelou Edite Alves dos Santos. Já Floreci Maria de Jesus, afirmou que o melhor da tarde foi a recepção das pessoas. “Gostei de tudo, o pessoal trata a agente bem, todos os lugares e pessoas são legais, sempre tive vontade de conhecer a Uesb”, analisou

Assessoria de Comunicação

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