Foram julgados na manhã desta quinta-feira (17/07/14), no Salão Nobre do Tribunal do Júri de Itapetinga, os réus Magno Silva Moreira, vulgo (Catita), 27 anos, e Robert dos Santos Novais, vulgo (Bodim), acusados de tentativa de homicídio contra Huadson Reis Mota, apelidado de (Caías), 28 anos, que na noite do dia 20 de junho de 2012, foi atingido por quatro disparos de arma de fogo nas Casas Populares, bairro Nova Itapetinga, alvejado no braço, coxa, nádegas e nuca. 

Socorrido ao Hospital Cristo Redentor, “Caías” conseguiu sobreviver, depois de ficar três dias internado na Santa Casa.

Quatro rapazes foram identificados na tentativa de morte, pela Polícia Civil, entre eles, Magno Moreira Silva, o “Catita”, de 27 anos, que “teria sido” o mandante do crime, o qual teria providenciado a arma do crime.

Em depoimento na manhã desta quinta, 17, Catita negou qualquer tipo de envolvimento no crime. Disse que desconhece o motivo de tal acusação; Que nunca se envonveu com o tráfico de drogas; Que não é traficante; Que já cumpriu pena em Jequié por porte ilegal de arma de fogo; Que nunca ameaçou ou manteve qualquer contato com a vítima; Que é inocente no referido processo; Que nunca comandou tráfico de drogas em nenhuma parte do país, muito menos em Itapetinga; Que não alugou casa para servir como suposto “ponto de droga” na Nova Itapetinga.

Huadson Reis Mota, apelidada de “Caías”, 28 anos (a vítima), foi o primeiro a ser interrogado em juízo, pela Presidente do Tribunal do Júri, Dra. Mirna Fraga, o promotor de Justiça, Dr. Antonio José Francisco Júnior e pelo Advogado de Defesa dos Réus (Catita e Bodim), Dr. Leandro Silva Santos.

Huadson Reis caiu em contradição com seu depoimento, diferentemente dos que foram prestados na Delegacia de Polícia e em juízo durante instrução do processo. Disse que naquela noite (20/junho/2012), estava se dirigindo à residência de sua namorada, quando passou em frente a casa de Bodim (Robert dos Santos Novais), o qual lhe ofereceu um café e o chamou para conversar no interior da dita residência; Que aceitou tal convite e que durante a suposta conversa percebeu que Bodim estava sozinho no interior da residência; Que foi surpreendido pelas costas quando recebeu quatro disparos de arma de fogo, sem, contudo, conseguir identificar quem efetuou os citados disparos, pois já caiu desacordado, depoimento que contradiz o que ele teria dito na Delegacia de Polícia e durante uma das Audiências de Instrução na Vara Crime desta Comarca na presença do Ministério Público, de uma Juíza de Direito e do seu Defensor (Advogado)…

Dra. Mirna Fraga Souza de Faria – Presidente do Tribunal do Júri / O Ministério Público – representado pelo Promotor de Justiça – Dr. Antonio José Gomes Francisco Júnior / A Defesa dos dois réus ficou a cargo do competente advogado, Dr. Leandro Silva Santos.

O segundo réu no processo (Robert dos Santos Novais, vulgo “Bodim”) não foi localizado durante instrução do processo, e por isso, não se faz presente no Salão do Júri…

Resultado do Júri desta quinta-feira, 17 de julho de 2014… 

Diante dos debates entre Acusação (Ministério Público) e Defesa, o Conselho de Sentença optou pela Absolvição do Réu Magno Silva Moreira (Catita), pois até o Ministério Público pediu pela sua absolvição, visto que a própria vítima o inocentou em seu depoimento em juízo, mesmo caindo em contradição. A Defesa por sua vez defendeu a tese de Negativa de Autoria e pediu a sua absolvição.

Catita foi absolvido…

Condenado: Robert dos Santos Novais, vulgo “Bodim”,o dono da casa onde a vítima foi alvejada na noite do crime. Bodim foi condenado a 10 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão em Regime Fechado, o qual se encontra foragido e não foi encontrado duramnte instrução do Processo.

O jovem Marcos Vinícius citado nos autos, foi desmembrado desse Processo e será julgado em outra oportunidade pela prática do crime. Ao final do júri Catita foi recambiado de volta ao Comnplexo Policial de Itapetinga, pois estava preso em Jequié por conta de uma condenação de outro processo crime.

Próxima quinta, 24 de julho, haverá mais uma Sesão Ordinária do Tribunal do Júri…

Por Sizinino Neto.