Faleceu na manhã desta quinta-feira (09/05), por volta das 07:00h, em sua própria residência, o Sr. RUFINO JOSÉ DE OLIVEIRA, residente na Travessa Porto Alegre, esquina com a Avenida Gerson de Oliveira (Bairro Nova Itapetinga).

Seu Rufino é casado com D. Zuína Gonçalves Oliveira (78), pai de oito (08) filhos, avô de 40 netos e tinha 16 bisnetos.

Vovô Rufino como era chamado por todos os moradores da Nova Itapetinga em respeito a sua idade, nasceu em Anagé-BA, em 08 de agosto de 1921. Veio para Itapetinga ainda criança (aos 08 anos) e por aqui constituiu família, trabalhou por mais de 30 anos como vaqueiro na fazenda do Sr. Júlio Ferraz, na região do Pilãozinho, municipio de Itapetinga, se aposentou e curtiu a vida da melhor forma possível.

Vovô Rufino era um homem de boa memória, lembrava de Itatinga, antes da emancipação, das primeiras construções, dos administradores, da criação de alguns bairros da cidade, amante da vida no campo, não conseguiu esquecer sua maior paixão (a vida de vaqueiro, tropeiro), ainda lembrava com muita emoção.

Vovô Rufino se casou muito cedo (aos 19 anos), conviveu com a primeira esposa apenas cinco (05) anos. Em 1945 casou-se no civil com D. Zuína, com quem teve dez (10) filhos, dos quais dois (02) já morreram.

O casal celebrou “Bodas de Chumbo” equivalente a 68 anos de casados, mas já passaram por muitas Bodas (Diamante, Ouro, Rubi, Prata, Bronze, Cobre, Porcelana, Zinco, Flores, Algodão, entre tantas outras). O casal possui oito (08) filhos, mais de quarenta (40) netos, dezesseis (16) bisnetos.

Os Filhos são: Newton, Joaquim, Luciano, Jailton, Nelson, Joel, Rosa, Antonio, Carlito (in-memorian) e Leonice (Nega) {in-memorian}. Seu Rufino era um artesão de mão cheia,  nas horas de folga costumava trabalhar com couro cru ou curtido para fazer tacas, acessórios de arreios, entre outras criações.

Gostava de um bom requeijão e se deliciava com leite puro (sem mistura) como antigamente, um bom cafezinho e não perdia tempo, amava bater papo com os amigos sentado na porta de sua casa. Vovô Rufino é evangélico há muito tempo, membro da Igreja Cristã no Brasil (Sede Nova Itapetinga).

O repórter Sizinio Neto o chamava de Pai Rufino, fruto de uma amizade de mais de vinte (20 anos) e quando sobrava um tempinho o visitava para botar o papo em dia, ficavam horas e horas conversando sobre os mais diversos assuntos, inclusive sobre a paixão de Rufino pela vida no campo, do seu tempo de vaqueiro, tropeiro, homem da lida da terra.

Vovô Rufino nos últimos meses teve a saúde abalada, perdeu o apetite, não conseguia dormir com facilidade, por diversas vezes chegou a ser levado às pressas para o pronto socorro (UPA), ficou internado no Hospital Cristo Redentor, mas sempre queria o aconchego do seu lar, detestava hospital. 

Parece despedida…

Na noite de terça-feira (07/05), Sizinio Neto esteve na casa de Seu Rufino para visitá-lo. Ele estava deitadinho numa cama improvisada na sala defronte ao banheiro. Depois de alguns minutos na residência, Sizinio percebeu quando seu pai (Rufino) estava com dificuldade para se sentar e gemia, queixando-se de dores na região lombar e parte das costas.

Sizinio aproximou-se dele e perguntou se ele queria ir para o pronto socorro, o qual respondeu que não queria saber de hospital. Rufino solicitou uma massagem com banha de carneiro. Dona Zuína pegou o produto natural e Sizinio com muito cuidado deu a massagem no local da dor.

Em seguida Seu Rufino tomou um remédio com Nosmoscada. Ainda conversou, riu bastante, falou da sua atuação como vaqueiro na região de Itapetinga e questinado sobtre a dor, respondeu que havia passado e que estava bem.

Com a certeza de tê-lo deixado bem, Sizinio Neto se despediu, recebeu sua bênção e foi para sua residência, mas alertou a família que em caso de necessidade estaria a disposição.

O velório está acontecendo na residência da família, onde recebe os familiares e amigos do saudoso Rufino. O sepultamento está previsto para às 09:00h da manhã desta sexta-feira (10/05), no Cemitério Parque da Eternidade. Desde já a família agradece a todos por este ato de fé e solidariedade cristã!