O empresário Luciano Hang, um dos principais apoiadores de Jair Bolsonaro, tem demonstrado insatisfação com a postura do ex-presidente em conversas reservadas, segundo o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles. Hang alega que Bolsonaro tem pensado apenas em si e em sua família, deixando aliados em segundo plano.

A principal crítica do empresário, conhecido como “Véio da Havan”, é a possibilidade de Bolsonaro lançar um de seus filhos, Eduardo ou Flávio, à Presidência em 2026. Hang defende que o ex-presidente deveria apoiar um nome conservador fora do núcleo familiar. Entre os mencionados está o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), reeleito com 69% dos votos.

Aliados de Bolsonaro justificam a preferência por um nome familiar alegando que o ex-presidente já sofreu inúmeras traições políticas, o que teria aumentado a valorização do “fator DNA”.

Doador de R$ 1 milhão para a campanha de Bolsonaro ao Planalto, Hang relatou a pessoas próximas sentir-se desvalorizado, apesar de ter “dado o sangue” pelo ex-presidente. O empresário também foi alvo da CPI da Covid em 2021, sendo indiciado por “incitação ao crime” em relatório do senador Renan Calheiros (MDB). A acusação, no entanto, não teve desdobramentos jurídicos.