Mais de mil palestinos estão soterrados sob escombros em Gaza; 4 hospitais param de funcionar
A situação dos palestinos que vivem na Faixa de Gaza piora a cada dia desde o início da Guerra entre Israel e Hamas no sábado, 7. Nas últimas 24 horas, quatro hospitais do norte de Gaza deixaram de funcionar devido as danos provocados pelos bombardeios e outros 21 receberam instruções de evacuação das Forças de Defesa de Israel (IDF).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para a escalada da crise humanitária e compara ‘evacuação forçada’ a uma violação do Direito Humanitário Internacional.
Sem luz, água e até hospitais
Em comunicado publicado no perfil da OMS neste domingo, 15, organização faz alerta sobre situação dramática em Gaza. “Quatro hospitais no norte de Gaza não estão mais funcionando como resultado dos danos provocados pelos bombardeios. 21 hospitais na Faixa de Gaza receberam instruções das do exército de Israel para evacuar. A Organização Mundial da Saúde reitera que todas as precauções para proteger trabalhadores da saúde e hospitais, incluindo pacientes e civis que se abrigam neles, devem ser tomadas”, iniciou o comunicado.
“A evacuação forçada dos hospitais da Faixa de Gaza colocam as vidas de pacientes vulneráveis em risco imediato, equivalendo a uma sentença de morte para aqueles que precisam de cuidado intensivo e cirurgias. Evacuações forçadas de hospitais podem equivaler a violação da Lei Humanitária Internacional”, finalizou o texto.
A Faixa de Gaza já vivia sob um bloqueio terrestre, aéreo e marítimo desde 2007, com uma extensa lista de restrições de medicamentos e materiais que podem entrar no território. A situação se agravou ainda mais com o bloqueio feito por Israel nesta semana que restringiu a água, a energia elétrica e o combustível dos palestinos que vivem no local.
Soterrados e sem perspectiva de resgate
Além dos hospitais e necrotérios lotados, que levaram corpos a serem armazenados em caminhões de sorvetes, a Faixa de Gaza agora enfrenta outro drama: mais de 1.000 pessoas estão soterradas sob escombros de edifícios que foram destruídos por ataques aéreos israelenses.
A Defesa Civil Palestina afirmou neste domingo, 15, que muitos dos soterrados estão vivos, porém estão presos e sem condição de serem resgatados devido ao alto número de bombardeios.
Em dez dias de conflito, 2.600 palestinos e 1.400 isralenses foram mortos.
Fonte: Terra-Com informações do The Guardian e da OMS.