O ex-presidente falou que seu programa ambiental foi incrementado com o plano apresentado por Marina. “Questão ambiental será levada muito a sério com a inclusão das propostas da Marina…Não haverá mais garimpo ilegal neste País, propomos a criação do Ministério da Segurança Pública”.
Linha de crédito
No documento entregue ao candidato Lula, a ex-ministra propôs a adoção de uma linha de crédito a ser inserida no Orçamento para financiar ações de adaptação às mudanças climáticas. A ideia de Marina é incentivar municípios a implementarem planos de monitoramento e contingência a eventos climáticos extremos.
Marina também sugeriu a Lula a recomposição e a ampliação de quadros técnicos e orçamentos de órgãos como o Ministério do Meio Ambiente, ICMBio e Ibama – sem, contudo, detalhar a verba necessária ou o impacto fiscal da medida. A ex-ministra pede o retorno da Agência Nacional de Águas (ANA) ao MMA. Desde o início do governo Jair Bolsonaro, o órgão está sob o guarda-chuva do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).
Afastamento
Ministra do Meio Ambiente entre 2003 e 2008, Marina Silva deixou o cargo para representar o Senado pelo Acre, seu Estado de origem, alegando divergências com a gestão petista. À época, ela argumentou que faltava apoio para avançar na agenda ambiental. Em 2009, deixou o PT para se filiar ao PV e, mais tarde, ajudar a fundar a Rede. Candidata à Presidência em 2014 e 2018, ela enfrentou duros ataques de petistas, em especial na campanha de Dilma Rousseff à reeleição, na propaganda então comandada pelo marqueteiro João Santana, hoje contratado pelo candidato do PDT, Ciro Gomes.
O ressentimento dominou a relação de Marina com o PT até recentemente, quando a Rede decidiu apoiar a candidatura de Fernando Haddad (PT) ao governo de São Paulo, e ela se lançou candidata a deputada federal pelo Estado. Marina chegou a ser cotada como “vice dos sonhos” por Haddad e até por Ciro, mas optou por disputar a Câmara dos Deputados e ajudar seu partido como “puxadora de votos”.