Militar que matou vizinho negro diz que agiu para impedir possível agressão
O sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, que matou a tiros seu vizinho Durval Teófilo Filho, disse em depoimento que atirou ‘para reprimir a injusta agressão iminente que acreditava que iria acontecer’. O depoimento do militar aconteceu na Delegacia de Homicídios às 7h45 de quinta-feira (3), pouco mais de nove horas após o crime, no fim da noite de quarta (2).
O militar deve responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No entanto, especialistas afirmam que a tipificação do crime pode mudar ao longo das investigações.
Conforme fivulgou o Portal G1, em uma versão do termo, Aurélio aparecia como “vítima”. A Polícia Civil explicou que isso aconteceu porque, no primeiro registro, em um primeiro momento, ele alegou se tratar de legítima defesa. “Isso já foi alterado e ele consta agora como autor”, disse a polícia.
O acusado disse ainda que “teve sua atenção voltada para um homem que vinha por de trás do carro” e que “se virou para trás e sacou sua pistola”.
Nas imagens flagradas pelas câmeras de segurança, é possível ver o momento em que Aurélio Bezerra, ainda de dentro do seu carro, começa a atirar em Durval, que procurava algo na própria bolsa. Quando o homem já está caído no chão, ainda se arrasta para tentar fugir de mais disparos.
É neste momento que o militar sai do carro e, com a arma em punho, mira em direção a Durval. Nas imagens não é possível ver se ele atira novamente. Depois de alguns segundos, o sargento da marinha se aproxima da vítima. O que dá a entender que ele queria conferir algo. Depois disso, se afasta e volta ao carro. Neste momento o vídeo se encerra.
Fonte: Bahia Noticias