Ministério da Saúde cria sala de situação para monitorar hepatite de origem desconhecida

O Ministério da Saúde criou uma sala para monitorar casos de hepatite aguda infantil de origem desconhecida. De acordo com a pasta, o objetivo é dar suporte nas investigações de casos da doença notificados em todo Brasil, além de reunir evidências para identificar possíveis causas para a enfermidade.

De acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde, 44 casos da doença foram registrados em todo o país. Desses, três foram descartados e os demais permanecem em observação. Os estados que reportaram os casos foram São Paulo (14), Minas Gerais (7), Rio de Janeiro (6), Paraná (2), Pernambuco (3), Santa Catarina (3), Rio Grande do Sul (3), Mato Grosso do Sul (2) e Espírito Santo (1). 

A sala de situação terá a participação de técnicos do ministério, da Organização Panamericana da Saúde (Opas) e de especialistas convidados. Além do monitoramento, a sala também vai padronizar informações e orientar os fluxos de notificação e investigação dos casos para todas as secretarias estaduais e municipais de saúde.

O QUE SE SABE SOBRE A HEPATITE
De origem desconhecida, a hepatite já acometeu crianças de pelo menos 20 países. A doença se manifesta de forma severa e não tem relação direta com os vírus conhecidos da enfermidade. Em cerca de 10% dos casos, foi necessário realizar transplante de fígado.

A doença atinge principalmente crianças com um mês de vida aos 16 anos. Até o momento, foi relatada a morte de um paciente. De acordo com a Opas, os pacientes com hepatite aguda apresentaram sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia, vômitos e icterícia (quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas). Não houve registro de febre. 

Os pais devem ficar atentos a sintomas como diarreia ou vômito e a sinais de icterícia. Nesses casos, deve-se procurar atendimento médico imediatamente. 

Fonte: BN

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