Miriam Belchior será secretária-executiva da Casa Civil de Lula
Ex-ministra do Planejamento da era petista, Miriam Belchior vai ser secretária-executiva da Casa Civil do novo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Belchior participou da formulação do plano de governo da chapa vitoriosa Lula-Alckmin, integra o grupo responsável pela área de infraestrutura e também exerce a função de assessora especial da transição -cargo ligado ao gabinete do coordenador, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).
Segundo a Folha apurou, ela será o nº 2 da mais importante pasta do Palácio do Planalto, a Casa Civil, que será comandada por Rui Costa (PT). O governador da Bahia foi um dos primeiros anunciados por Lula ao posto.
Belchior é do PT e foi ministra do Planejamento e presidente da Caixa Econômica Federal – cargo que deixou em 2016, após o afastamento de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto.
Ela também foi responsável por assessorar Lula na montagem do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
A expectativa de interlocutores é de que o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), hoje sob o guarda-chuva do Ministério da Economia, vá para a Casa Civil. Belchior era uma das defensoras dessa tese.
No começo do mês, ela disse que tanto o PPI quanto o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) poderiam ficar sob o Palácio do Planalto.
“Ainda está em discussão onde vai ficar [o PPI e o PAC], ainda não fechou”, disse a jornalistas após evento da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) em Brasília.
À época, Belchior admitiu que os programas podem ir para o Planalto, a depender do que chamou de “personograma”. A ex-ministra lembrou que, quando era assessora presidencial, o PAC ficava sob sua responsabilidade. Mas quando virou titular do Planejamento, levou consigo a atribuição.
Ainda na campanha, nas discussões para o plano de governo da chapa Lula-Alckmin, o PT começou a desenhar uma nova versão do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e quer dar a ele um selo ambiental.
O PAC foi criado em 2007, no segundo mandato de Lula, para incentivar o investimento público e coordenar as obras. (BN)